O que são as doenças das gengivas?

O nome correto é doenças periodontais, que são aquelas que afetam os tecidos que envolvem e suportam os dentes: o periodonto (gengiva, osso e ligamento que os une). São problemas muito comuns e afetam a maioria das pessoas em algum momento das suas vidas.

Dentro das doenças periodontais, importa destacar a gengivite e a periodontite. Ambas resultam do desequilíbrio entre a agressão das bactérias e a capacidade de resposta do organismo, isto é, são causadas ​​pela reação do nosso corpo às bactérias que se acumulam na boca e que causam inflamação.

 

Quando posso ter doença periodontal?

Estima-se que a maioria da população adulta, cerca de 3 em cada 4 pessoas, seja afetada por alguma forma de doença periodontal.

A gengivite afeta quase a totalidade da população, tanto a infantil como a adulta.

Quase um em cada dois adultos com mais de 35 anos tem periodontite. As formas leves e moderadas da doença atingem cerca de 50% da população mundial. Por outro lado, as formas mais severas afetam cerca de 10%.

No entanto, cerca de metade da população adulta europeia desconhece a existência destas doenças.

 

Qual é a diferença entre a gengivite e a periodontite?

A gengivite é a inflamação das gengivas resultante do esforço do organismo em tentar conter a agressão bacteriana. Estas ficam inflamadas, com aspeto inchado e avermelhado, e podem começar a sangrar. Na gengivite não existe destruição do osso ou das gengivas, isto é, os tecidos não são afetados.

Com tratamento adequado, a inflamação é reversível, sendo possível recuperar totalmente e voltar a ter gengivas saudáveis. O grande problema é quando não é tratada a tempo, pois pode evoluir para periodontite.

A periodontite caracteriza-se por uma perda progressiva da gengiva e do osso. Formam-se bolsas, cheias de bactérias, entre a gengiva e as raízes dos dentes, onde antes existia osso. São as bolsas periodontais.

Nos doentes com periodontite, os dentes podem começar a abanar e até acabar por cair sozinhos. Além disso, este problema contribui para o aumento do risco de doenças graves, incluindo diabetes, doenças cardíacas, hipertensão, doenças cerebrovasculares, entre outras.