Resumo do curso
A fase de dentição mista é um período muito importante para o estabelecimento de uma correta oclusão no adulto.
A “Erupção” é um processo firmemente coordenado, regulado por uma série de eventos entre o folículo dentário e os osteoblastos/ osteoclastos do osso alveolar.
Qualquer distúrbio neste processo pode afetar a erupção normal do dente. Os resultados variam de uma erupção tardia até uma falha completa de erupção, incluindo a transposição, erupção ectópica e impactação.
Os distúrbios de erupção podem ser devido a fatores sistémicos, genéticos ou locais. Como fatores locais podemos referir a presença de dentes supranumerários, odontomas, quistos, anquilose dos dentes temporários, tecido mole fibrosado, falta de espaço devido à perda precoce dos dentes temporários, retenção prolongada dos dentes temporários, deslocamento físico do gérmen dentário, entre outros.
Existem pequenas variações na cronologia normal de erupção, devido a fatores étnicos, raciais, sexuais ou até pequenas variações individuais, que podem influenciar este fenómeno. No entanto, a deteção de grandes alterações na cronologia ou sequência de erupção dentária, é crucial para o “timing” e seleção do plano de tratamento.
Na prática clínica, somos diariamente confrontados com diversos problemas de erupção, face às quais temos de estabelecer um correto diagnóstico e plano de tratamento, de forma a decidir quando e como intervir. Neste contexto, pretendemos dar a conhecer, através de casos clínicos, e tendo como base a literatura mais recente, quais os distúrbios de erupção mais frequentes na nossa prática clínica diária.