Na Casa América Latina, em Lisboa, o Conselho de Jovens Médicos Dentistas (CJMD), em parceira com a Associação de Jovens Médicos e a Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos, conversaram e debateram possíveis soluções para os problemas que afetam de forma transversal estas classes profissionais.

Na tertúlia, intitulada “A juventude e a saúde: Que sorriso para o futuro?“, participaram também os respetivos bastonários e a troca de ideias foi alargada aos representantes dos grupos parlamentares que aceitaram este desafio, aproveitando para partilhar as suas visões para a área da saúde e dos seus profissionais.

Tiago do Nascimento Borges, presidente do CJMD, apresentou as conclusões do Estudo aos Jovens Médicos Dentistas. “A emigração na medicina dentária é cada vez mais evidente”, constatou e sublinhou que é necessário um melhor planeamento dos recursos humanos, enfatizando que o excesso de profissionais constitui atualmente um problema, que se agravará a curto e a longo prazo e não se reflete em maior acesso da população à saúde oral.

Já Miguel Pavão referiu que, “enquanto bastonário da OMD, preocupa-me muito o facto de num inquérito recente depararmo-nos que mais de 50% dos jovens médicos dentistas afirmaram que não voltariam a escolher a profissão”.

A encerrar o evento, o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, Gonçalo Saraiva Matias, notou que o cenário traçado neste encontro coincide com as conclusões dos estudos realizados pela fundação. E deixou um alerta: 20% das pessoas em pobreza trabalham e a faixa etária em maior situação de risco são os jovens.