As crescentes evidências de que os consultórios e clínicas de medicina dentária europeus são espaços seguros, no que concerne à transmissão da COVID-19, levaram o Conselho Europeu de Médicos Dentistas (CED) a recomendar publicamente a continuidade das consultas e dos tratamentos médico-dentários (site externo).

Preocupado com o facto de as populações estarem a adiar as visitas regulares ao médico dentista e com as consequências que isso acarreta para a saúde oral, o presidente do CED, Marco Landi, vem reforçar que estes profissionais “sempre estiveram empenhados em fornecer cuidados atualizados, seguros e de alta qualidade, bem como em minimizar os riscos relacionados com os cuidados orais”.

Daí que o CED aconselhe os europeus a não adiarem os tratamentos por causa da pandemia, incluindo as consultas preventivas e os cuidados não urgentes, uma vez que são essenciais para uma boa saúde oral e para evitar complicações futuras.

Desde que se registaram os primeiros casos de COVID-19, os governos europeus aplicaram uma série de medidas, que tiveram particular impacto no setor da medicina dentária que em vários países ficou limitado aos atendimentos urgentes e inadiáveis. No entanto, ao longo dos últimos meses verifica-se que o exercício da profissão é seguro, em virtude do uso de equipamentos de proteção individual (EPI) e do seguimento de todos os protocolos necessários para proteger paciente e equipa médico-dentária.

Por isso, esclarece Marco Landi, “os médicos dentistas estão na linha da frente, ao lado de outros profissionais de saúde, oferecendo tratamentos seguros, ao mesmo tempo que se mantêm comprometidos com o bem-estar dos seus pacientes”. Razões que levam o responsável a recomendar a continuidade da prestação dos habituais cuidados de medicina dentária, “apesar das circunstâncias”.

Recorde-se que, recentemente, também a Associação Americana de Medicina Dentária (ADA) publicou um relatório  que indica que, nos Estados Unidos da América (EUA), a taxa de médicos dentistas infetados com a COVID-19 é de 0,9%.

Já um inquérito realizado a nível nacional pela Ordem dos Médicos Dentistas, em agosto passado, mostrou que 99,5% dos médicos dentistas que participaram no estudo não se contaminaram em ambiente clínico.