O plano de acção global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a prevenção e controlo de doenças crónicas 2013-2020 (consultar documento oficial em pdf) contém menções específicas às doenças orais. O plano foi adotado pela OMS a 27 de maio, na 66 ª Assembleia Mundial da Saúde (Genebra, de 20 a 28 de maio de 2013).

A referência às doenças orais reflete o compromisso dos governos na Declaração Política das Nações Unidas de 2011 sobre doenças crónicas, ao reconhecerem que as doenças orais partilham fatores de risco com as quatro principais doenças crónicas – cancro, diabetes, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias – e, assim, devem beneficiar de uma abordagem comum.

Comentando a inclusão das doenças orais na agenda de combate às doenças crónicas, o diretor geral da OMS, Oleg Chestnov, afirmou na Assembleia Mundial da Saúde que “a adoção do plano de ação global move o processo da esfera política para a esfera prática”.

Com a adoção do quadro de acompanhamento global e as nove ambiciosas metas globais e 25 indicadores, todos os governos são, pela primeira vez, responsabilizados pelo progresso conseguido no combate às doenças crónicas.

Orlando Monteiro da Silva, bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas e presidente da Federação Dentária Internacional, comentou: “O documento da OMS, em linha com a declaração política da ONU em 2011, reconhece que uma resposta abrangente para a prevenção e controlo de doenças crónicas deve levar em conta as doenças orais. Esta é uma conquista importante para a nossa profissão e um marco para a inclusão da saúde oral na saúde global.”

Para a Federação Dentária Internacional, “é especialmente encorajador verificar que o rastreio do cancro oral seja recomendado aos Estados-membros como uma das opções de políticas e intervenções economicamente eficientes a adotar para prevenir e controlar as principais doenças crónicas.”

O plano de ação prevê “o rastreio do cancro oral em grupos de alto risco associada ao tratamento em tempo útil.” A FDI realça o destaque dado no documento a este tópico: “o rastreio só faz sentido se associado à capacidade de diagnóstico, encaminhamento e tratamento”.