Exodontia de canino mandibular retido

Póster > Casos clínicos > Cirurgia oral

Hall dos Posters – 11 novembro, 09h00 às 10h30 – Ordem nº 109

Daniela Aires

Universidade Católica Portuguesa

Margarida Pereira
André Martins
Bruno Leitão de Almeida
Tiago Borges

Caso clínico: Paciente do sexo masculino, saudável, 24 anos, assintomático, foi diagnosticado com retenção do dente 3.3 e indicada a sua exodontia. O exame clínico e os exames auxiliares de diagnóstico revelaram uma posição vertical e vestibular. Foi realizada anestesia local dos nervos alveolar inferior, bucal e lingual, incisão em envelope intra-sulcular do dente 36 ao 42 com descarga vertical mesial, osteotomia, odontosecção e exodontia. A ferida foi suturada com sutura simples interrompida nylon 5/0.

Discussão: A prevalência de caninos retidos na mandíbula é de 0,3%, ocorrendo com uma frequência 1,5 a 3,5 vezes maior no género feminino. Os caninos retidos, quando não tratados, podem estar associados a complicações infeciosas, neurológicas, tumorais e reabsorção dos dentes vizinhos, entre outras. O diagnóstico implica um exame clínico objetivo, exame radiológico (ortopantomografia, radiografia periapical) e tomografia computorizada, quando os exames referidos anteriormente se revelam insuficientes. Na presença de canino retido podemos optar por: ausência de tratamento imediato e acompanhamento a longo prazo, autotransplante, extração e encerramento protético ou ortodôntico do espaço, tração ortodôntica ou extração. No presente caso clínico, o paciente recusou o tratamento ortodôntico-cirúrgico e a exodontia foi indicada. Não foi realizada tomografia, pois os meios radiográficos convencionais, a par do exame clínico se revelaram suficientes.

Conclusões: A abordagem cirúrgica convencional para a exodontia de caninos mandibulares retidos permitiu a resolução do caso, preservando os dentes adjacentes, sem complicações associadas.

Palavras-Chave: Impactado, Dente canino, Mandíbula, Diagnóstico, Cirurgia Oral, Exodontia