Carcinoma epidermóide da língua

Póster > Casos clínicos > Cirurgia oral

Hall dos Posters – 11 novembro, 09h00 às 10h30 – Ordem nº 103

Sérgio Barreto

Gonçalo Castilho
Rita Cerqueira
Suzel Coelho
Luís Monteiro

Descrição do caso clínico: Os autores apresentam um caso clínico de uma doente do género feminino, com 60 anos, encaminhado para a consulta de medicina oral, devido a lesão branca, com uma evolução de 2 meses. Ao exame intraoral, foi observado lesão leucoplásica em placa, ulcerada na zona central, com bordos irregulares e palpáveis no bordo lateral da língua, do lado esquerdo. A doente foi submetida a biópsia excisional com margens de segurança. O relatório anatomopatológico descreve a lesão como Carcinoma Epidermóide, bem diferenciado com margens livres de neoplasia. O tumor foi classificado como T1 N0 M0. A doente foi submetida a segunda cirurgia e a anatomia patológica confirmou ausência de lesão neoplásica.

Discussão: Os carcinomas epidermóides representam 90% dos casos de tumores malignos de língua. O comprometimento ganglionar varia de acordo com a extensão do tumor primitivo. É aproximadamente de 20% para T1, 50% para T2/T3 e 75% para T4. Os estádios iniciais do carcinoma da língua são normalmente tratados com cirurgia. A combinação com radioterapia é utilizada em fases mais avançadas da doença.

Conclusões: Há consenso entre autores em considerar a excisão cirúrgica como o tratamento indicado para o estádio I do carcinoma da língua. Para o estádio II, porém, no qual pode existir invasão dos nódulos linfáticos, requer-se por via de regra o esvaziamento dos gânglios cervicais de forma a fornecer informação sobre o envolvimento ganglionar e determinar a necessidade de radiação adjuvante.