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Miguel Ângelo Gouveia

Descrição do caso clínico: Paciente do género feminino, com 22 anos de idade, sem antecedentes de saúde geral ou oral relevantes, foi observada na consulta de medicina dentária do Hospital Privado de Alfena em fevereiro 2013. No exame intraoral destaca-se permanência dos dentes 52 e 62. Os meios auxiliares de diagnóstico confirmaram a suspeita clínica de agenesia do 12 e 22. O tratamento multidisciplinar consistiu em ortodontia para redimensionamento do espaço, exodontia dos dentes decíduos, colocação de implantes de diâmetro reduzido (IDR) com regeneração óssea guiada e reabilitação protética com coroas aparafusadas com correção de eixo. Os procedimentos clínicos decorreram sem complicações e nos controlos realizados até à data não observamos perda de osso marginal nem sinais de mucosite ou periimplantite.

Discussão: As agenesias afetam 20% da população e os incisivos laterais são um dos subtipos mais frequentes. O tratamento consiste numa de três hipóteses: 1) fecho ortodôntico do espaço; 2) abertura do espaço e reabilitação com ponte fixa convencional; 3) abertura do espaço e colocação de implante com coroa unitária. Os autores consideram que os IDR e a alta resistência dos materiais em que são confecionados, são uma solução para diminuir o grau de invasão das intervenções cirúrgicas, facilitar a reabilitação estética e melhorar o prognóstico.

Conclusões: Os IDR são uma solução emergente válida no tratamento reabilitador da região incisiva maxilar particularmente quando a exigência estética é elevada.

Palavras-chave: agenesias, implantes de diâmetro reduzido, regeneração óssea guiada, tratamento multidisciplinar, ortodontia, reabilitação oral