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Salomé Ferreira
Descrição do caso clínico: Paciente do sexo masculino, 38A, compareceu na consulta de medicina dentária em junho de 2014 com sintomatologia à mastigação no dente 24. Sem antecedentes relevantes na história médica. Ao exame objetivo verificou-se dente 24 com sintomatologia à percussão sem sinais de edema. Radiografia periapical revelou tratamento endodôntico prévio e periodontite apical. Decidiu-se realizar o retratamento endodôntico não cirúrgico. Durante o procedimento, verificou-se dente 24 com três raízes distintas e apenas duas obturadas. Os canais foram desobturados, preparados químico-mecanicamente utilizando o sistema Protaper Universal e irrigação com hipoclorito de sódio 5,25%. O protocolo de irrigação final incluiu ácido cítrico 10%, hipoclorito de sódio 5,25% e álcool etílico 96º. A obturação foi realizada com gutapercha e TopSeal pela técnica da condensação lateral. Após controlo de 2 anos, o dente encontra-se assintomático e em função.
Discussão: Um conhecimento amplo da anatomia dos canais radiculares é um fator que influencia o sucesso do tratamento endodôntico. A presença de canais não tratados pode resultar num insucesso endodôntico por preparação e obturação insuficientes. Os pré-molares superiores são dentes que, na maioria dos casos, apresentam uma ou duas raízes, mas a literatura descreve uma percentagem de 6% de pré-molares superiores com 3 raízes.
Conclusão: O sucesso do tratamento endodôntico requer um conhecimento detalhado da anatomia dos canais radiculares para perceber as variações anatómicas que poderão ocorrer.
Palavras-chave: Canais radiculares, pré-molar maxilar, retratamento endodôntico, variação anatómica, periodontite apical, anatomia radicular