Póster > Investigação > Odontopediatria
Joana Loio
Introdução: Todas as fases de desenvolvimento da criança são importantes, sendo que a idade pré-escolar e escolar são as mais marcantes na intervenção e obtenção de comportamentos saudáveis em saúde oral.
Objetivo: Comparar a perceção dos responsáveis sobre hábitos e comportamentos de saúde oral infantil e a necessidade para tratamentos relativamente às atitudes e comportamentos dos seus educandos.
Materiais e Métodos: Estudo observacional transversal, com aplicação de questionários de autopreenchimento, um para a criança outro para o seu responsável legal (11 questões comparativas). Amostra constituída por 172 alunos (5º-9ºano) e respetivos responsáveis, com consentimento informado assinado. Análise estatística emparelhada de respostas da criança e respetivo representante, IBM©SPSS-Statistics vs.20, por utilização de testes não paramétricos (Qui-quadrado).
Resultados: Detetam-se diferenças com os responsáveis a referirem que as crianças já assistiram a explicação sobre saúde oral significativamente menos que estas (responsável 33,6% vs. criança 68%; p<0,001), tiveram menos vezes dor de dentes do que elas referem (62,8% vs. 73,3%; p=0,002), assumem menos vezes que a criança tem/teve medo na consulta (15,7% vs. 25,6%; p=0,003).
Conclusão: Os resultados do estudo confirmam que a perceção dos responsáveis sobre os comportamentos de saúde oral dos seus educandos é maioritariamente coincidente com os hábitos dos mesmos.
Implicações Clínicas: A avaliação de conhecimento/comportamento relativo à saúde oral deve ser feita tanto às crianças como aos seus responsáveis, complementando-se.
Palavras-Chave: Prevenção; dieta; açúcares; fio dentário; saúde oral; cáries; crianças