Póster > Revisão > Odontopediatria

Joana Apolinário Nunes

Universidade de Coimbra

Introdução: As células estaminais (CE) apresentam capacidade de proliferação, autorrenovação e diferenciação em células específicas, tendo a literatura demonstrado que as CE de origem dentária podem diferenciar-se em diversas linhas celulares. Estudos promissores in vitro e in vivo têm investigado a aplicabilidade das CE no tratamento de doenças, sendo premente esclarecer as suas potencialidades e possíveis aplicações na área da saúde oral.

Objetivos: Revisão da literatura procurando sistematizar o conhecimento disponível acerca das células estaminais da polpa de dentes decíduos (SHED), indicando a sua possível aplicabilidade clínica.

Métodos: Realizou-se uma pesquisa na base de dados PubMed/MEDLINE, utilizando os termos “deciduous teeth”, “pulp” e “stem cells”, limitada a publicações em inglês ou português, nos últimos 10 anos, integralmente disponíveis.

Resultados: Atendendo aos critérios de inclusão, e com base na análise do resumo, selecionaram-se 22 publicações, às quais se adicionaram 2 artigos por referência cruzada.

Conclusões e implicações clínicas: As potenciais vantagens da SHED incluem uma colheita não invasiva e indolor, sem risco de reação imune ou rejeição, bem como a facilidade de proliferação em comparação com as CE de dentes permanentes. Não obstante, estão descritas algumas limitações, como a inexistência de estudos envolvendo seres humanos e dificuldades na obtenção de volume de SHED suficiente para processamento. Apesar da crescente investigação animal no tratamento de doenças sistémicas com resultados promissores, são necessários mais estudos com elevado nível de evidência científica que avaliem e sustentem a aplicabilidade e potencialidades das SHED no ser humano.

Palavras-chave: “Dentes decíduos”, “Polpa dentária”, “Células estaminais”, “Engenharia tecidual”, “Odontopediatria”, “Células estaminais da polpa dentária”