Póster > Revisão > Endodontia
Introdução e objetivos
No insucesso do tratamento endodôntico, há necessidade de expor ao doente alternativas, desde o retratamento endodôntico não-cirúrgico, microcirurgia endodôntica, extração seguida de reabilitação com prótese parcial fixa e implante precedido de extração.
Inúmeros estudos têm sido revistos com o intuito de auxiliar a decisão do doente, porém são escassos os que comparam o custo-eficácia. O presente estudo pretende elucidar a tomada de decisão clínica perante o custa-eficácia das alternativas terapêuticas.
Materiais e métodos
Revisão bibliográfica baseada em 9 artigos de relevância científica, pesquisados nas bases de dados da Cochrane Collaboration; ScienceDirect; Pubmed; Medline; B-On; EBSCO-host entre 2000-2012, com as expressões chave: “endodontic treatment”, “endodontic surgery”; “nonsurgical retreatment”, “cost-effectiveness”; “fixed partial dentures” e “dental implant”. As revisões sistemáticas e meta-análises foram invariavelmente eleitas.
Resultados
O presente estudo revela a inexistência de um protocolo transversal, existindo diferenças nas terapêuticas mediante o dente em análise, divergindo entre o primeiro molar mandibular e o incisivo central maxilar, detalhadamente estudados.
Nos molares, com recobrimento coronário total, a microcirúrgia endodôntica surge como primeira opção, seguida pelo retratamento endodôntico não cirúrgico e restauração com coroa; posteriormente a extração e reabilitação com prótese parcial fixa e, finalmente extração seguida por reabilitação com implante. No incisivo central maxilar com pulpite irreversível, o panorama difere.
O retratamento endodôntico não-cirúrgico e restauração com coroa surge na primeira linha de intervenção, seguido de microcirurgia endodôntica, extração e reabilitação com implante e prótese parcial fixa precedida de extração emerge na última opção.
Conclusões
A análise custo-eficácia é empregada na estimativa da rentabilidade e revela-se em qualquer área da medicina dentária uma proveitosa ferramenta de apreciação ao comparar quantitativamente as opções terapêuticas.
Implicações clínicas
Os resultados acima citados derivam de estudos do norte da Europa e América do Norte, pelo que é de esperar flutuações nos valores referentes à população Portuguesa.