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Introdução

A necessidade da individualização dos determinantes posteriores da oclusão em prótese total tem sido questionada. Esta situação faz com que alguns autores sugiram a utilização de valores médios de referência, que variam de 20° a 33° para a guia condília (GC) e de 7,5° a 15° para o ângulo de Bennett (AB). Em Portugal aceita-se a utilização de valores médios de referência de 30° para a GC e de 15° para o AB.

Objetivos

1- Determinar a guia condília e o ângulo de Bennett em pacientes desdentados totais bimaxilares que frequentam a FMDUP; 2- Comparar os valores obtidos com os valores médios de referência considerados.

Material e métodos

Constituem a amostra desta investigação, 41 pacientes desdentados totais bimaxilares. Em cada paciente é determinada a GC com o Gerber Condylator System e o AB com a formulação de Hanau. Os dados obtidos são tratados estatisticamente no programa SPSS.

Resultados

A média da GC direita é 36,59°, e da GC esquerda é 36,49°, verificando-se uma relação estatisticamente significativa entre ambas. Tendo como valor de referência 30°, há uma diferença estatisticamente significativa entre esse valor e ambas as guias condílias. A média do AB direito é 16,57° e do esquerdo é 16,56° encontrando-se uma relação estatisticamente significativa entre ambos.

Em relação ao valor de referência de 15° registam-se diferenças estatisticamente significativas para ambos os ângulos de Bennett. Verifica-se uma relação significativa entre os ângulos de Bennett e as inclinações sagitais das guias condílias.

Conclusões

A variabilidade de valores encontrados, leva-nos a questionar a aplicação de valores médios articulares na confeção de próteses totais.

Implicações clínicas

É importante quantificar os determinantes posteriores da oclusão para que se atinja o objetivo primordial da prótese total que é uma reabilitação oral em que os dentes se encontrem em harmonia com a dinâmica da articulação temporomandibular.