Avaliação “in-vitro” do Desgaste e Transporte Canalar com sistema RECIPROC® e Wave-One®

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Hall dos posters – 8 novembro, 14h30-16h00 – Ordem nº

Introdução e objetivos

Avaliar por estereomicroscopia o grau de desgaste e o índice de transporte associado ao uso de limas RECIPROC® versus Wave-One®. Materiais e Métodos: Foram usados 30 cubos de acrílico com canais simulados e geometria idêntica, nomeadamente diâmetro e ângulo de curvatura. Estes foram identificados e fotografados, sendo aleatoriamente distribuídos por dois grupos: G1-RECIPROC® usando a lima R25 e G2-Wave-One®, usando a lima Primary. Nos dois grupos os canais foram previamente permeabilizados com limas K10, K15 e K20.

Todos os canais foram instrumentados pelo mesmo operador. A instrumentação foi sempre acompanhada de irrigação com NaOCl a 2,5%. Após instrumentação, os blocos foram fotografados em estereomicroscópio e as imagens resultantes foram sobrepostas com as iniciais em Photoshop CS5 (v12.1, Adobe©), avaliando-se posteriormente a diferença entre as duas preparações em ImageJ (v1.45s, NIH©) por via de medições comparativas no ápex e a 1,2,3,4,5 e 6 mm.

Resultados

Os dados foram avaliados por meio de teste ANOVA de medidas repetidas após verificação com o teste de Kolmogorov-Smirnov corrigido por Lilliefors e teste M de box. O grau de desgaste obtido pelo sistema RECIPROC® (M=201 182) foi superior e significativamente diferente (p<0,001) do alargamento obtido com Wave-One® (M=148 506). A dimensão do efeito é elevada (η2p= 0,544) sendo o I.C. a 95%. O índice de transporte para o sistema RECIPROC® (M= -68 522) foi superior e significativamente diferente (p<0,029) do transporte obtido para o método Wave-One® (M= -39 506), sendo a dimensão do efeito menor (η2p= 0,160) para um I.C. a 95%.

Conclusões

Com as limitações deste estudo pré-clínico, conclui-se que sistema Wave-One® permite menor grau de desgaste canalar, bem como uma preparação mais cêntrica comparando com o sistema RECIPROC®.

Implicações clínicas

Face à natureza pré-clínica do estudo serão necessários estudos “ex-vivo” e ensaios clínicos.