Hiperplasia condilar unilateral activa. Caso clínico e revisão da literatura

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Sala 1 – 8 novembro, 15h10 – Ordem nº

Descrição

Apresenta-se um caso clínico de uma adolescente de 13 anos, sem antecedentes patológicos ou familiares de interesse. Aos 8 anos de idade observou-se uma assimetria facial (laterodesviação) e uma alteração da oclusão, sem sintomatologia álgica ou disfuncional acompanhante, pelo que se realizou uma tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) e uma tomografia por emissão de fotão único (SPECT).

Observaram-se alterações morfológicas da articulação temporomandibular direita e uma leve hipercaptação do radiofármaco no côndilo mandibular direito, realizando-se o diagnóstico de hiperplasia condilar unilateral ativa direita. Aos 13 anos repetiram-se as duas provas complementares, observando-se uma híper captação muito acentuada no côndilo mandibular direito.

Discussão

A hiperplasia condilar unilateral (HCU) é uma desordem pouco habitual de etiologia desconhecida que se caracteriza pelo crescimento persistente de um dos côndilos. O crescimento excessivo unilateral dá lugar a uma assimetria facial, maloclusão e disfunção articular, entre outras alterações. Atualmente a SPECT e a TCAR são consideradas as provas diagnósticas de eleição, já que permitem observar as alterações morfológicas e a hiperatividade do centro de crescimento condilar.

Conclusões

A HCU é mais prevalente em mulheres e durante a puberdade, sendo mais rara depois dos 20 anos. O caso apresentado destaca-se principalmente pela pouca idade da doente (8 anos) e pela acentuada híper captação do radiofármaco devido a um crescimento muito ativo do côndilo direito que resulta numa assimetria facial importante. Atualmente, o tratamento cirúrgico consiste na cirurgia ortognática e condilectomia alta, sempre dentro de um tratamento multidisciplinar que combina principalmente a ortodontia e a cirurgia.