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Introdução

Nas últimas duas décadas, um defeito congénito na mineralização do esmalte, referido como Hipomineralização Incisivo Molar (HIM) tem sido uma preocupação crescente para os profissionais a nível mundial. Foi identificado pela primeira vez no início da década de 1970 e a prevalência varia entre os 2,8% e os 25%.

O defeito envolve a hipomineralização de um ou quatro primeiros molares permanentes e encontra-se frequentemente associado com os incisivos permanentes. Clinicamente apresenta-se como uma ou várias lesões opacas que variam entre o branco, amarelo ou castanho. A etiologia da HIM é incerta, embora a posssibilidade de um componente genético não possa ser excluída. Num paciente com HIM o médico dentista necessita pensar cuidadosamente sobre o prognóstico dos dentes afetados, mesmo que possam ser restauráveis a curto prazo.

Objetivo

Este trabalho tem por objetivo incentivar o médico dentista ou especialista para o diagnóstico e tratamento mais correto da HIM.

Métodos

Foi realizada uma pesquisa através da base de dados Pub-Med com o emprego das palavras-chave: “Molar-Incisor-Hypomineralisation”; “MIH”; “molar”; “incisor”. Como critérios de inclusão foram aceites meta-análises, ensaios clínicos randomizados e ensaios clínicos publicados nos últimos 10 anos em português, inglês e espanhol nos quais se verificaram a prevalência, etiologia e tratamento nos casos de HIM.

Resultados

Dos 240 artigos publicados foram seleccionados 54 artigos por cumprirem com os critérios de inclusão previamente estabelecidos.

Conclusões

Da revisão da literatura podemos concluir que a HIM é uma condição relativamente comum que pode ter consequências a longo prazo para o paciente e/ou médico dentista que está a realizar o tratamento. Mais pesquisas são necessárias para responder a uma série de perguntas importantes, principalmente estudos prospectivos, para melhorar o nível e a força de evidências.

Implicações clínicas

Alertar os médicos dentistas para o diagnóstico precoce e o tratamento mais adequado da HIM.