Avaliação da osteointegração de implantes no tratamento de defeitos peri-implantares no coelho

Comunicação oral > Investigação > Implantologia

Sala 1 – 8 novembro, 11h30 – Ordem nº

Introdução

Quantidades insuficientes de osso nos leitos implantares diminuem as taxas de sucesso. Esforços consideráveis têm sido feitos para desenvolver técnicas e materiais que aumentem o volume do osso hospedeiro, favorecendo o contacto ósseo com o implante.

Objetivos

Este trabalho pretendeu avaliar a osteointegração de implantes colocados em áreas de defeitos ósseos, utilizando três técnicas de regeneração óssea.

Materiais e métodos

O modelo experimental utilizado foi o fémur do coelho, onde se criaram defeitos ósseos e colocaram implantes. Os defeitos peri-implantares foram tratados com osso bovino inorgânico, NuOss (N), com NuOss associado a Plasma Rico em Factores de Crescimento (N+PRFC), com NuOss associado a membrana de colagénio (N+M), ou não foram sujeitos a nenhum tratamento (grupo controlo – C).

Após 4 e 8 semanas eutanasiaram-se os animais e recolheram-se blocos ósseos contendo os implantes. As amostras obtidas foram observadas em microscopia óptica e electrónica de varrimento, tendo sido feita a análise histomorfométrica para determinar a percentagem de contacto ósseo directo com o implante. Foi realizado estudo estatístico dos valores obtidos.

Resultados

A percentagem de contacto directo do tecido ósseo com o implante, nas amostras com 4 semanas de implantação foi de 57.66 ± 24.39% (N), 58.62 ± 20.37% (N+PRFC), 70.82 ± 20.34 (N+M) e 33.07 ± 5.49% (C), e nas amostras com 8 semanas foi de 63.35 ± 27.69% (N), 58.42 ± 24.77% (N+PRFC), 78.02 ± 15.13% (N+M) e 40.28 ± 27.32% (C).

Em relação à percentagem de contacto ósseo, as amostras dos grupos N e N+M apresentaram diferenças estatisticamente significativas comparativamente ao grupo C nas 4 semanas de implantação. Às 8 semanas, apenas o grupo N+M apresentou diferenças estatisticamente significativas em relação ao grupo C.

Conclusão

A combinação do NuOss com a membrana apresentou uma percentagem de contacto ósseo com o implante estatisticamente superior em relação aos outros grupos.