Apresentação

Olá OMD! Até sempre APMD!

A antiga FIL, em Lisboa, engalanou-se para receber as altas figuras de Estado, representantes e inúmeros profissionais de saúde oral. A 3 de dezembro de 1998, naquele que seria o último congresso da Associação Profissional dos Médicos Dentistas, escreveu-se o início de um novo parágrafo na história na medicina dentária. E o APMD98 viria a marcar o ponto de viragem entre estes dois capítulos. Na sessão solene de abertura do VII Congresso, o Presidente da República, Jorge Sampaio (que mais tarde viria a receber a Medalha de Ouro da OMD), discursava sobre a transição da associação para Ordem dos Médicos Dentistas (OMD). A 15 de outubro, a alteração do Estatuo da APMD, consagrando a OMD, foi aprovada por unanimidade na Assembleia da República e, posteriormente, promulgada a 19 de novembro pelo Presidente da República. Com a publicação da Lei 82/98 de 10/12, encerrava-se assim o capítulo APMD, cujo trabalho desenvolvido ainda hoje é reconhecido.

Nesse inverno de 1998, abria-se um novo capítulo e celebrava-se no congresso a entrada numa etapa há muito aguardada. As figuras de destaque da medicina dentária, no plano nacional e internacional, que compareceram no evento são indicadores da importância da criação da OMD e, simultaneamente, do patamar de excelência que o congresso tinha alcançado. Na sessão solene de abertura do VII Congresso, estiveram personalidades como Jacques Monot, presidente da Federação Dentária Internacional (FDI) e Manuel Alfonso Villa Vigil, presidente do Colégio de Odontólogos e Estomatólogos de Espanha e do Comité de Liaison de Arte Dentária da União Europeia, entre outras. Maria de Belém Roseira, ministra da Saúde, e João Rui Almeida, presidente da Comissão Parlamentar da Saúde na Assembleia da República, marcaram igualmente presença na cerimónia.

Também os profissionais de saúde oral não quiseram perder esta edição única. Pela primeira vez, registou-se uma afluência que ultrapassou os 1.600 participantes. Um número recorde, especialmente para um evento em Lisboa, já que grande parte da classe se concentrava mais a Norte do país.

“A adesão dos meus colegas ultrapassou todas as expectativas, só no primeiro dia as inscrições superaram as dos anos anteriores”, referiu José Miguel Milheiro de Carvalho, presidente da Comissão Organizadora, em jeito de balanço. António Felino, presidente da Comissão Científica, verificou com “muito agrado que as salas onde decorreram os trabalhos apresentaram-se sempre completamente lotadas, o que reflete o interesse dos congressistas no programa estabelecido”, que juntou 34 conferencistas nacionais e 15 estrangeiros.

De facto, o APMD98 levantou um “problema” que até então ainda não tinha surgido: com um crescimento tão rápido, os locais habituais de realização dos congressos começavam a ser insuficientes para tantos participantes. E isso foi notório inclusive na feira de material e equipamento dentário. Pela primeira vez, alguns expositores não conseguiram reservar espaço para o respetivo «stand». A FIL estava lotada!

A questão coloca-se desde então. Se em 1998 se tornou difícil acolher mais de 1.600 congressistas, atualmente, com o registo de mais de 10.500 participantes (entre congressistas e visitantes da Expo-Dentária, em 2015) o desafio é ainda maior. Para 2016, a Comissão Organizadora está a preparar, entre outras medidas, um aumento de capacidade dos auditórios para 3.300 lugares, no conjunto dos quatro disponíveis e a área da exposição contará com mais de 1.000m2 em relação à edição de 2014.

 

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