A Ordem dos Médicos Dentistas reuniu ontem, 28 de julho, com o secretário de Estado do Ensino Superior, Pedro Nuno Teixeira, com o intuito de sensibilizar o atual Governo para a necessidade de analisar e reformular o ensino da medicina dentária em Portugal.

Nesta audiência, o bastonário da OMD mostrou a sua preocupação face ao excesso de profissionais anualmente formados e ao impacto deste cenário na empregabilidade (e consequente precariedade que afeta largamente a classe). Nesse sentido, reiterou que, num período em que decorrem as candidaturas ao ensino superior, é urgente refletir e rever os numerus clausus dos mestrados integrados de medicina dentária.

Miguel Pavão apresentou também o Fórum Ensino e Profissão Médico-Dentário, uma plataforma de cooperação constituída com a Associação Nacional de Estudantes de Medicina Dentária (ANEMD) para a defesa da qualidade do ensino superior da medicina dentária. O responsável esclareceu que, neste âmbito, foram organizadas duas cimeiras com as sete instituições de ensino superior da profissão.

Maria João Ponces, vogal do Conselho Diretivo da OMD, revelou que existe um consenso quanto à necessidade de implementar no plano curricular um sexto ano ou um ano de estágio profissional. Alertou ainda para a importância de assegurar a qualidade do ensino e formação dos futuros médicos dentistas. A esse respeito, fez uma súmula dos propósitos discutidos no âmbito das cimeiras do ensino superior, bem como os resultados dos inquéritos que a Ordem está a realizar aos membros recém-inscritos.

A comitiva da OMD foi também composta pelo ex-bastonário, Manuel Fontes de Carvalho.

Para debater esta e outras questões, a OMD, a ANEMD e as universidades reúnem no final de setembro, na III Cimeira do Ensino: Desafios Estratégicos do Ensino de Medicina Dentária em Portugal.