A OMD e o grupo de Reflexão e Acompanhamento COVID-19 organizaram o seminário “Vacinas COVID-19: Atualização”, que foi apresentado por Paulo Alves Ferreira, médico de saúde pública. Na apresentação do webinar, que foi moderado pela psicóloga Cláudia Fernandes, foram apresentadas as recentes evoluções da campanha de vacinação nacional e global.
Paulo Alves Ferreira aproveitou para realçar que “todas as vacinas são seguras, efetivas e reduzem o risco de doença severa e que vai efetivamente influenciar os casos de COVID-19, bem como a severidade da sua doença”.
O médico de saúde pública fez o resumo do panorama global e nacional da vacinação e lembrou que, embora esteja a decorrer a ritmos e velocidades diferentes, em virtude da abordagem política de cada país, no caso português, o processo está a decorrer de forma semelhante à maioria dos países da União Europeia. Na sessão, o conferencista fez ainda uma súmula das vacinas atualmente administradas em Portugal e esclareceu algumas questões relacionadas com a VAXZEVRIA (AstraZeneca) e o esquema vacinal entretanto definido (link notícia da norma).
Recorde-se que, após este webinar, a Direção-Geral da Saúde publicou a 17 de junho uma norma em que reduz de 12 para oito semanas o intervalo da toma entre a primeira e a segunda dose desta vacina, de forma a alcançar uma “mais rápida proteção” face às novas variantes do vírus(site DGS).
Durante o seminário, o orador alertou que é fundamental manter a etiqueta respiratória e o uso dos EPI (Equipamentos de Proteção Individual). Em primeiro lugar, porque ainda há uma grande parte da população que não está vacinada, em segundo, porque há sempre casos de indivíduos em que a vacina não é eficaz, em terceiro, porque as novas variantes podem alterar a atual equação e, por último, por ainda se desconhecer quanto tempo dura a imunidade, seja pela vacina, seja pela infeção natural.
A sessão foi muito participada e houve lugar para o esclarecimento de várias dúvidas da classe, nomeadamente no que concerne a toma da segunda dose da vacina VAXZEVRIA.
No final, Paulo Alves Ferreira destacou ainda o importante papel dos médicos dentistas, desde que apareceu a pandemia, pela “resiliência e dedicação” e pelo contributo para a sociedade, não só através das mensagens transmitidas à população, mas também pela colaboração com as unidades de saúde pública.