A instabilidade orçamental portuguesa obrigou o governo a apresentar um Plano Nacional de Reformas (pdf). Este plano engloba um conjunto de medidas que implicarão cortes no valor de 1,7 mil milhões de euros, cortes esses que atingirão diversas áreas da vida dos portugueses. O setor da saúde é um deles.

Todavia, este conjunto de reformas não atingirá, de acordo com os dados apresentados pelo Governo, o projecto-piloto recentemente trazido a público de integração de médicos dentistas em estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo o plano apresentado, 91 centros de saúde passarão a acolher médicos dentistas que prestarão cuidados de saúde oral, numa primeira fase, a grupos mais desprotegidos, como utentes de baixa condição económica portadores de doenças crónicas.

Com a cautela já expressa por parte da OMD, que apenas apoiará este projecto desde que o mesmo cumpra todas as requisitos formais exigidos por lei e não colida com a rede privada de clinicas e consultórios já existentes em todo o território nacional, este anúncio é visto de uma forma positiva.

O seu cumprimento, não baixando os níveis de investimento, permite acalentar esperanças na sustentabilidade deste projecto de integração de cuidados de saúde no SNS.