O primeiro Barómetro Nacional de Saúde Oral, realizado pela consultora QSP, mostra que os portugueses têm plena confiança no seu médico dentista.

Entre os que participaram no barómetro, que tem validade estatística, 93,5% dos inquiridos afirmam estar satisfeitos ou muito satisfeitos com o seu médico dentista.

Entre os que responderam ao barómetro, 63,7% confessa que nunca mudou de médico dentista, sendo os principais fatores de fidelização a confiança no médico dentista, a qualidade nos serviços prestados e a habituação.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Orlando Monteiro da Silva, considera que “as conclusões do barómetro mostram que existe uma relação muito forte entre os médicos dentistas e os doentes.

A percentagem de doentes que nunca mudou de médico dentista é muito elevada e prova que a relação humana é mais forte do que a comodidade, conveniência ou luxo das instalações.

A confiança é um valor que temos de estimar e estimular a par da qualidade técnica dos nossos profissionais que em Portugal é das mais avançadas do mundo”.

Os atributos que os portugueses mais associam ao seu médico dentista são “confiável”, “prestável”, “paciente” e “cuidadoso”. É ainda de salientar que a maioria, 64,5%, esclarece as suas dúvidas de saúde oral junto do seu médico dentista, em prejuízo de outros meios, como a internet.

Apenas 7,7% diz que mudou ou está a pensar mudar de médico dentista, havendo 21% que só pretende mudar em caso de necessidade.

Só 0,7% diz estar insatisfeito ou muito insatisfeito com o seu médico dentista. O principal motivo de insatisfação é para 64,1% dos inquiridos o preço elevado, seguindo-se, com apenas 12%, o resultado dos tratamentos.

Uma maioria de portugueses, 63,9%, afirma que tomou conhecimento do seu médico dentista por recomendação de amigos, familiares ou conhecidos. 14,5% revela que viu a clínica ou o consultório na rua e entrou, e 7% tomou conhecimento do seu atual médico dentista através da publicidade tradicional.

Nenhum dos inquiridos mencionou as redes sociais, embora 4,2% tenha escolhido o seu médico dentista através da internet e apenas 0,1% referiu a recomendação por outro médico.

O barómetro conclui também que 97,8% dos portugueses valorizam mais o profissional médico dentista do que a clínica ou consultório.

A Higiene e limpeza (78,4%) são os fatores mais relevantes para os inquiridos, seguindo-se os preços praticados (77,1%), os resultados dos tratamentos (76,7%), a confiança no médico dentista (74,7%), equipamentos modernos (72,2%) e meios complementares de diagnóstico (70,2%).

Sempre que vão ao médico dentista 88% dos inquiridos reconhecem que lhes é explicado tudo o que vai ser feito e uma percentagem quase idêntica afirma que compreende tudo o que o seu médico dentista lhe transmite nas consultas. Apenas 26% diz ter medo de ir ao dentista.

Ir ao dentista regularmente é importante para a saúde oral e para a saúde em geral para mais de 90% dos inquiridos.

O pagamento da consulta é feito no ato por 81,3% dos portugueses, havendo 8,3% que utilizam um subsistema de saúde e 4,3% têm seguro ou plano de saúde.

Apenas 10,2% dos portugueses recorrem ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) quando precisam de serviços de saúde oral e 51,5% considera que não existem cuidados de saúde oral no SNS.

Entre os que responderam ao barómetro, 20,9% diminuiu o número de visitas ao médico dentista no último ano e a questão monetária é o principal motivo evocado para não ir ao dentista. Há 8,3% de portugueses que nunca foram a uma consulta de medicina dentária.

As conclusões do Barómetro Nacional da Saúde Oral estão disponíveis em www.omd.pt/barometro.

 

Resumo da ficha técnica: Foram realizadas 1102 entrevistas presenciais. A amostra foi construída através do método de amostra estratificada proporcional, para as variáveis género e idade e desproporcional para a variável região, segundo dados do INE. A margem de erro teórica é de 2,95% para um intervalo de confiança de 95%.