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Artur Caleres
Universidade de Lisboa
A reabilitação oral com implantes dentários é uma opção terapêutica com taxa de sobrevivência superior a 90%. Com a perda de dentes ocorre reabsorção óssea e alterações nos tecidos moles. Apesar de na maioria dos casos ser possível a colocação de implantes após estas remodelações, a recuperação da anatomia perdida permite um resultado final mais estético, funcional e duradouro.
Neste caso clínico, a paciente compareceu à consulta por ter uma ponte de 5 elementos que apresentava mobilidade aumentada. Tratava-se de uma paciente saudável, sem antecedentes médicos relevantes. Após exame clínico e avaliação da radiografia panorâmica e radiografias apicais, foi diagnosticado inviabilidade de um dos dentes pilares da referida ponte. Quatro meses após a exodontia reavaliou-se a disponibilidade óssea, com recurso a tomografia computorizada.
Devido à remodelação óssea existente, planeou-se a colocação de 2 implantes com regeneração óssea guiada concomitante. Os implantes utilizados foram de conexão cónica, sendo que para a regeneração óssea foi utilizado xenoenxerto de origem bovina, membrana reabsorvível de colagénio e taxas de fixação.
Após 6 meses foi feita a exposição cirúrgica dos implantes e colocados os pilares de cicatrização. Como a paciente apresentava um défice de mucosa queratinizada, realizou-se um enxerto gengival livre com reposicionamento apical do retalho simultâneo.
A reabilitação final foi feita 45 dias após o enxerto gengival livre.
Consideramos que o resultado final foi plenamente alcançado com estabilidade tecidular ao redor dos implantes, reabilitação assintomática e funcional.
O follow-up deste caso é de 12 meses.