Matrizes xenogénicas na regeneração de tecidos moles peri-implantares: série de casos

Póster > Casos clínicos > Periodontologia

Sala e-Posters – 16 novembro, 15h40 – Ordem nº 23
Candidato a prémio

Pedro Nolasco

Universidade de Coimbra

Cristiano Alves
Tony Rolo
Sérgio Matos

Introdução

O papel do tecido queratinizado na longevidade dos implantes dentários, com base no conhecimento atual da literatura, revela-se ainda incerto. Várias técnicas são descritas na literatura na tentativa de aumentar a largura do tecido queratinizado, que incluem o uso de uma matrizes colagénio isoladamente ou em associação a enxertos autógenos colhidos do palato.

Objetivo

Descrição de duas abordagens diferentes na correção de defeitos mucogengivais usando matrizes de colagénio xenogénicas em monoterapia ou combinadas com uma banda de enxerto gengival livre e, adicionalmente, apresentar uma revisão sistematizada acerca da sua eficácia clínica.

Materiais e métodos

A técnica cirúrgica aplicada incluiu, para o caso 1, o uso de uma matriz dérmica xenogénica e, para o caso 2, uma combinação de matriz dérmica xenogénica com uma banda de enxerto gengival livre suturada em apical e colhida do palato. A revisão sistemática foi estruturada de acordo com o protocolo PRISMA e uma questão PICOT foi realizada.

Resultados

O paciente não apresentou complicações pós-operatórias como dor intensa, infeção ou hemorragia. Todos os locais tratados exibiram um ganho significativo em termos de largura de tecido queratinizado (entre 1.5 e 5 mm). A matriz de colagénio xenogénica apresentou alguma contração.

Conclusões

A matriz de colagénio xenogénica, demonstrou menor ganho em largura de tecido queratinizado e maior contração volumétrica, mas pode ser uma alternativa em indicações específicas por forma a reduzir a morbilidade do paciente e o tempo cirúrgico.Todavia, estes resultados positivos devem ser considerados cuidadosamente e devem ser testados em ensaios clínicos bem desenhados.