Anomalias dentárias na dentição decídua: importância do diagnóstico precoce

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Sala e-Posters – 16 novembro, 12h20 – Ordem nº 12
Candidato a prémio

Joana Castanho

Universidade de Lisboa

Rita Ramos
Ana Coelho
Paula Faria Marques

As anomalias dentárias correspondem a alterações de número, tamanho, erupção, morfologia ou desenvolvimento. Na sua maioria, ocorrem entre a sexta e oitava semana de vida intra-uterina, fase em que o esmalte, dentina e cemento iniciam a histodiferenciação.

Podem estar associadas a fatores hereditários, locais, sistémicos ou traumáticos e surgir na dentição decídua e/ou definitiva.

A fusão é uma anomalia de desenvolvimento consequente da união de um ou mais dentes adjacentes durante a sua formação. Qualquer dente pode ser afetado podendo também envolver supranumerários.

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar a importância do diagnóstico precoce das anomalias dentárias, através da ilustração de dois casos clínicos seguidos na clínica universitária da FMDUL.

Caso clínico 1 – Criança de 5 anos, saudável, apresenta fusão do dente 62 com um supranumerário. Lesão de cárie, pouco profunda na face palatina envolvendo todo o sulco de união. O diagnóstico precoce permitiu realizar uma restauração conservadora com resina composta. O controlo clínico foi mantido regularmente até à esfoliação, que decorreu na idade prevista, de forma simétrica com o contralateral.

Caso clínico 2 – Criança de 4 anos, saudável, com fusão entre o dente 61 e um supranumerário. Contrariamente ao caso anterior, os dentes apresentavam lesão extensa de cárie, com envolvimento pulpar. A não restaurabilidade e a dificuldade inerente ao tratamento pulpar condicionou a decisão de extrair estes dentes.

Estes casos demonstram a importância do diagnóstico precoce das anomalias dentárias, de forma a permitir uma abordagem preventiva ou pouco invasiva.