Jorge Pereira

Abordagem terapêutica do doente com Líquen Plano Oral

Licenciatura em Medicina Dentária (1998) – Instituto Superior de Ciências da Saúde – Norte

Master de Cirurgia Bucal e Implantología – AFFERO – Espanha, Universidade Paul Sabatier Toulouse III

Pós-graduado em Oncologia – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto, Instituo Português de Oncologia Francisco Gentil e Jefferson Medical College

Mestre – Investigação em Ciências Odontológicas – Universidade de Barcelona

Doutorando – Universidade de Barcelona

Docente de Cirurgia, Medicina Oral, Implantologia e Clínica Integrada de Adultos – Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Fernando Pessoa

Nacionalidade: Portugal

Área científica: Medicina oral

2015/11/13 17:30 – 2015/11/13 19:00 | Auditório III

Resumo da apresentação

O Líquen Plano é uma desordem mucocutânea, inflamatória crónica, autoimune, mediada por linfócitos T, comum do epitélio escamoso estratificado que acomete mucosas, pele, unhas e couro cabeludo.

O Líquen Plano Oral (LPO) afeta 0,2-1,9% da população sendo mais comum no género feminino após a menopausa e o envolvimento em crianças raro. Pode estar associado a outras enfermidades autoimunes ou imunomediadas, distúrbios metabólicos sistémicos, ansiedade, intolerância a fármacos, hipertensão, infeções, materiais dentários, neoplasmas e predisposição genética.

Clinicamente distinguem-se formas brancas designadas por reticular, papular e em placas e formas vermelhas, nomeadamente, bolhoso, erosivo/ulcerado e atrófico, estas duas últimas relacionadas com a gengivite descamativa.

O diagnóstico do LPO é efetuado através do exame clínico ou clínico e histopatológico.

A inflamação crónica constitui um fator de risco para o desenvolvimento de neoplasia maligna.

Desta forma, para além da compreensão da patogénese e da dinâmica dos aspetos clínicos é importante a elaboração de um algoritmo de intervenção, ajustado a cada condição, que permita debelar os surtos, prevenir complicações, informar os doentes e compreender o acompanhamento periódico da doença para intervir atempadamente sobre as alterações.

As opções do arsenal farmacológico tópico e sistémico podem constituir um desafio para os profissionais que observam estes pacientes na sua consulta.

Uma vez que não conhecemos nada sobre a prevenção do LPO, a clínica assume, para já, o protagonismo no sentido de chegar à melhor compreensão do seu comportamento e melhorar a forma como os nossos doentes convivem com esta patologia.