Póster > Revisão > Dentisteria Operatória
Márcia Cascão
Universidade Fernando Pessoa
Introdução
A fragilidade da estrutura coronal pode comprometer a resistência à fratura dentária por ação de forças oclusais, podendo necessitar de reforço restaurador com recobrimento cuspídeo (RC).
Objetivos
Realizar revisão descritiva das opções clínicas para RC e identificar as condições estruturais dentárias que orientam na necessidade de intervenção de RC, para reforço funcional da estrutura.
Métodos
Efetuou-se pesquisa na Pubmed com as palavras-chave: “Resin-based composite”, “Ceramic”, Tooth fracture”, “Cusp coverage”, “Bicuspid”, “Weaknead teeth”, “Cavity preparation design”. Foram identificados 30 artigos. Incluiram-se artigos de revisão, estudos clínicos e in vitro, publicados no período de 2005 a 2015.
Resultados
Sete publicações foram selecionadas. O RC pode executar-se mediante técnicas restauradoras diretas (resinas compostas) e indiretas (materiais cerâmicos e/ou resinas compostas). As condições clínicas que orientam para RCs são várias tais como, dentes endodonciados, e neste grupo, os pré-molares são mais propensos à fratura, por particularidades quanto à forma e localização anatómicas; e ainda variações nas dimensões e nos desenhos cavitários. Todavia, alguns autores sugerem que preparações cavitárias mais conservadoras são mais adequadas do que preparações cavitárias que incluem cúspides, quando se usam restaurações indirectas adesivas com compósitos.
Conclusões
O desenho das preparações cavitárias influencia na variação da rigidez cuspídea: quanto mais profundo e largo, maiores as forças de deflexão cuspídea. A estrutura coronal remanescente, as forças oclusais e os materiais/técnicas selecionados são fatores preponderantes na decisão restauradora de RC.
Implicações clínicas
O recobrimento de cúspides constitui uma opção segura de restaurar funcionalmente dentes posteriores com pouca estrutura coronal remanescente.