Ajuste Oclusal no Tratamento de Desordens Temporomandibulares – um caso clínico

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Hall dos Pósteres – 12 novembro, 11h30 – 12h30 – Ordem nº 26
Candidato a prémio

Carolina Gonçalves

Universidade de Lisboa

Maria Carlos Real Dias
João Caramês
Pedro Crispim
Rita Cabral Ventura

Introdução

O papel da oclusão no desenvolvimento de sinais e sintomas de desordens temporomandibulares (DTM) mantém-se controverso. Tratamentos para maloclusão incluindo ajuste oclusal, dentisteria restauradora, prótese fixa e ortodontia têm sido indicados para tratamento de DTM como forma de melhorar a eficácia biomecânica, capacidade mastigatória e, em alguns casos, sinais e sintomas de DTM.

Apresentação do caso

Paciente do sexo feminino, 22 anos; estado de saúde geral – bom; tratamento ortodôntico prévio há 7 anos; apresentou-se na consulta de Oclusão e Disfunção Temporomandibular da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa com queixas dolorosas no masséter (inserção e corpo). O exame oclusa incicou a presença de mordida aberta anterior, interferências na protrusão, ausência de guia anterior, ausência de guia de lateralidade direita com interferência do lado de não trabalho e função de grupo à esquerda com interferências bilaterais. Após submissão à história clínica proposta pela AASM e pelo RDC-TMD, foi diagnosticado bruxismo noturno, artralgia da ATM esquerda e dor miofascial por pontos de gatilho.

Discussão

Relativamente ao caso apresentado, o estudo oclusal indicou que, apesar de haver indicação para efetuar o ajuste segundo a regra dos terços 8, a eliminação de prematuridades não foi suficiente na obtenção de contactos oclusais adequados. A paciente foi informada da necessidade de tratamento ortodôntico para que os critérios ideais de oclusão se verifiquem, sendo que serão sempre ensaiados previamente num aparelho miorrelaxante.

Conclusão

O tratamento de DTM deve ser conservador, reversível e baseado na evidência existente, o que exclui o ajuste oclusal.