Reabilitação de maxila atrófica com implante no canal nasopalatino

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Hall dos Pósteres – 12 novembro, 9h30 -10h30 – Ordem nº 22
Candidato a prémio

João Gaspar

Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz

Inês de Carvalho Gaspar
Rui Gaspar

Descrição do caso

Paciente do sexo masculino, 48 anos, dirigiu-se à nossa clínica com o objetivo de uma reabilitação fixa sobre implantes do maxilar superior. O diagnóstico periodontal indicou a presença de periodontite crónica severa generalizada, com grande comprometimento de vários dentes, nomeadamente todos os superiores. Após avaliação radiográfica, verificou-se reduzida quantidade óssea, com grande pneumatização dos seios maxilares. A opção de elevação de seio maxilar bilateral com a colocação de implantes foi rejeitada pelo paciente. Por se tratar de um caso extremo em termos de disponibilidade óssea, optámos pela colocação de 5 implantes a mesial dos seios maxilares, tendo um implante sido colocado no canal nasopalatino. Durante o período de osteointegração, o paciente usou uma prótese total removível transitória. Após 3 meses, foi efetuado o 2º estadio cirúrgico e a confeção de uma prótese fixa híbrida metalo-acrílica.

Discussão

Neste caso clínico, o feixe vasculo‐nervoso nasopalatino foi removido e de seguida feita a preparação do leito implantar. No entanto, o paciente não referiu qualquer tipo de perda de sensibilidade. Na literatura estão descritos casos de perda de sensibilidade, mas todos eles transitórios, com recuperação total. Segundo alguns estudos, em casos de maxilas atróficas edêntulas, a colocação de implantes no canal nasopalatino pode oferecer uma solução viável de suporte anterior para uma prótese fixa sobre implantes, melhorando a biomecânica da reabilitação, com grande satisfação por parte dos pacientes.

Conclusão

O procedimento descrito foi bem sucedido, devolvendo ao paciente a confiança no seu sorriso.