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Eugénio Miguel Zeferino Pereira
Universidade de Coimbra
Descrição do caso clínico
Paciente de 48 anos, ASA I, sexo feminino, da consulta de Medicina Dentária, Universidade de Coimbra, referiu queixas funcionais e estéticas. Avaliou-se clínica e radiologicamente, tendo-se observado mobilidade dentária, defeitos ósseos horizontais e verticais, presença de implantes dentários com perda óssea comprometedora.
Como objetivo, avaliou-se a viabilidade da reconstrução maxilar de defeitos ósseos verticais e horizontais com aloenxertos ósseos para suporte de prótese implanto-suportada fixa. No maxilar realizou-se extração total dentária e explantação de implantes; reconstrução óssea vertical e horizontal com aloenxertos frescos-congelados; instalação dos implantes e, reabilitação protética implanto-suportada. Na mandibula, após extracção total dos dentes, instalaram-se cinco implantes dentários em carga imediata e respetiva reabilitação protética implanto-suportada. As cirurgias realizaram-se sob anestesia local. A cicatrização dos aloenxertos e implantes, decorreu sem complicações pós-operatórias. A taxa de sobrevivência dos implantes a 3 anos foi de 100%.
Discussão
Um dos pré-requisitos para instalação de implantes consiste na existência adequada de volume ósseo. Uma planificação das condições intra-orais e escolha adequada das técnicas de reconstrução óssea constituem fatores cruciais para a longevidade das reabilitações orais. A aplicação de aloenxertos ósseos frescos-congelados nas reconstruções de defeitos ósseos maxilares apresenta vantagens face à aplicação de autoenxertos, tais como: ausência de zona dadora, maior disponibilidade, menor tempo cirúrgico.
Conclusão
O plano de reabilitação proposto, utilizando aloenxertos ósseos e protocolo de carga imediata mandibular, mostrou ser uma opção de tratamento viável na resolução dos problemas encontrados, possibilitando a instalação de implantes com reabilitação fixa implanto-suportada estável ao longo de dois anos.