Ana Moura Teles

Infeção endodôntica persistente: qual o papel das comunidades de biofilmes?

Médica Dentista, licenciada pela Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto (FMDUP), 1998

Mestre em Medicina Dentária Conservadora, vertente de Endodontia pela FMDUP, Porto, 2002

Doutorada em Patologia e Genética Molecular pelo Instituto de Ciências Biomédicas Dr. Abel Salazar (ICBAS), Porto, 2013

Professora Auxiliar do Mestrado Integrado em Medicina Dentária na Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade Fernando Pessoa (FCS-UFP)

Docente do Curso de Pós-Graduação Competências Clinicas e Profissionais em Medicina Dentária (FCS-UFP)

Apresentação de comunicações e posters em Congressos Nacionais e Internacionais.

Autora em publicações em nacionais e internacionais.

Nacionalidade: Portugal

Área científica: Endodontia

2014/11/08 10:00 – 2014/11/08 10:45 | Auditório B

Resumo da apresentação

A Periodontite apical é uma doença causada por biofilmes formados por bactérias. Os biofilmes são comunidades polimicrobianas complexas, altamente competitivas, fortemente aderidas às paredes canalares e envoltas numa matriz extracelular de origem microbiana.

Uma abordagem mais holística em relação à etiologia das infecções endógenas humanas, considera a comunidade microbiana como um todo, a unidade de patogenicidade: o total pode, muitas vezes, ser maior do que a simples soma das partes e qualquer componente não pode ser totalmente entendido, exceto se em relação ao todo. Este conceito baseia-se no princípio de que o “trabalho em equipa é o que, realmente, conta.”

Os microorganismos que, de alguma forma, resistiram a procedimentos antimicrobianos, e conseguiram adaptar-se às condições ecológicas adversas causam infecções endodônticas persistentes.

Estas lesões crónicas são mantidas pelo estilo de vida do biofilme que ajuda a microbiota a resistir às respostas imunitárias do hospedeiro e ao tratamento antimicrobiano. Na verdade, existem alguns casos em que o tratamento endodôntico seguiu os mais altos padrões técnicos e, contudo, o sucesso não é alcançado.

A questão actual não é se os micróbios estão envolvidos, mas sim a especificidade das espécies microbianas e, consequentemente, o desenvolvimento de estratégias para lidar com esta situaçãocomplicada.

A complexidade da anatomia radicular cria um ambiente que é um desafio para ser instrumentado e desinfectado. Além disso, a omnipresença do biofilme permite que os microorganismos se escondam em áreas inacessíveis.

Esta palestra irá explicar por que é que o tratamento endodôntico pode falhar e dar alguns conselho