Alterações dimensionais em marcas de mordidas simuladas em alimentos

Póster > Investigação > Medicina Dentária Forense

Hall dos pósteres – 6 novembro, 11h30 – 12h30 – Ordem nº 35

Isis Pinheiro Amparo de Oliveira

Ketlly Cruz da Cunha Pelegrinni
Raphaela Rodrigues Dantas
João Pedro Pedrosa Cruz

Introdução

Marcas de mordidas em alimentos em cenas de crime podem ser evidências valiosas para identificar um acusado. Dependendo da textura do alimento, da temperatura do meio e do tempo da marca de mordida, tal alimento pode exibir a forma real das impressões dentárias deixadas.

Objetivo

Avaliar alterações dimensionais das marcas de mordidas simuladas de acordo com o tempo. Material e Métodos: Mordidas foram simuladas em amostras-padrão de queijo (n=10) e de goiabada (n=10).

Foi medida a distância intercanina das marcas a cada hora, durante 120 horas e ao fim, a altura, largura e comprimento final. Utilizou-se os testes de Friedman, de Wilcoxon, coeficiente de correlação de Spearman e, a análise de regresão linear simples. O nível de significância foi de 5%. Os dados foram tabulados e analisados no IBM SPSS Statistics for Windows.

Resultados

Para o queijo quanto para goiabada, a primeira distância linear média diferente entre os caninos foi observada em quatro horas, com pico de deformação para o queijo após 23 horas (37,97 milímetros) e após 21 horas para a goiabada (38,64 mm). Após o pico, ambos os alimentos mostraram aumento significativo das medidas.

Conclusão

Os alimentos testados mantiveram o padrão das medidas lineares nas primeiras 4 horas. Após esse período, há deformação progressiva com aumento significativo das medidas, comprometendo a comparação fiel das marcas.

Implicações clínicas

Após 4 horas de mordida é preciso cautela na utilização dessas evidências para a identificação do autor. Palavras-chave: Marca de Mordida; Identificação Humana; Odontologia Legal; Alimentos; Antropologia forense; Dente canino.