Abordagem cirúrgica de um quisto dentígero a propósito de um caso clínico

Póster > Casos clínicos > Cirurgia oral

Hall dos pósteres – 6 novembro, 09h30 – 10h30 – Ordem nº 12
Candidato a prémio

Nicholas Fernandes

José João Mendes
Nuno Oliveira Sousa e Silva
Diana Correia
Tiago Troles

Paciente de 54 anos de idade, veio à consulta de Medicina Dentária do Hospital das Forças Armadas, referindo dor e desconforto com o uso de Prótese. Após exame clínico requisitou-se uma Ortopantomografia onde se verificou a inclusão de peças dentárias na zona afectada e uma lesão radiolúcida de dimensões consideráveis ao nível do # 48, lesão bem delimitada e unilocular, compatível radiograficamente e clinicamente com uma lesão quística. Após tratamento cirúrgico, o diagnóstico histológico foi de Quisto Dentígero.

O Quisto Dentígero forma-se a partir da acumulação de fluído entre o o epitélio reduzido de esmalte e a coroa de um dente não erupcionado. É o segundo tipo de quisto odontogénico mais frequente com uma ocorrência de cerca de 24% em relação a todos os quistos maxilares e mandibulares. É observado mais frequentemente associado a terceiros molares inferiores, caninos maxilares e terceiros molares superiores.

Apresentam-se maioritariamente como quistos unilaterais, uniloculares e assintomáticos, ocorrendo episódios de dor aguda quando existe infecção secundária. Os exames complementares de diagnóstico são importantes quer por questões de planeamento quer por questões de identificação de possíveis situações clínicas e patológicas adjacentes ao motivo da consulta do paciente.

Neste caso a paciente referia dor ao nível dos pré-molares inclusos, pelo facto de a prótese exercer trauma na zona de inclusão. Após pedido de ortopantomografia verificou-se uma imagem radiológica sugestiva de um quisto dentígero assintomático mas já de dimensões consideráveis.

Palavras chave

Quisto Dentígero; Inclusão Dentária; Exames Complementares de Diagnóstico; Enucleação; Marsupialização; Ortopantomografia