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Cátia Carvalho Silva

Universidade Fernando Pessoa

Os traumatismos dentários ocorrem maioritariamente na escola pelo que, o nível de conhecimentos dos professores nesta área assume particular importância considerando que da sua atuação imediata e adequada poderá depender o prognóstico dentário.

Avaliar os conhecimentos dos professores do 1ºciclo do ensino básico público da cidade do Porto sobre traumatismos dentários. Estudo transversal no qual se utilizou um questionário autoaplicado, distribuído em 49 escolas, cujos dados foram analisados no SPSS.

Para comparação de proporções entre participantes utilizou-se o teste Qui-quadrado, teste exato de Fisher e teste não paramétrico de Mann-Whitney. Recorreu-se à regressão logística para quantificar a relação entre as características dos professores e os seus conhecimentos sobre trauma através dos Odds Ratios e respetivos intervalos de confiança 95%, ajustados.

Entregaram o questionário preenchido 329 professores (74,9%). Verificou-se que 40,1% já tinham assistido a traumatismos dentários, mas apenas 2,5% tiveram formação nesta área.

Perante uma fratura dentária a maioria dos professores não sabia que o fragmento podia ser reutilizado, assim como, numa avulsão apenas 6,7% sabiam que podiam reposicionar o dente avulsionado. Observou-se ainda, que a maioria dos professores respondeu erroneamente às restantes questões relacionadas com o tema.

Denota-se a existência de um baixo nível de conhecimentos nesta população sobre traumatismos dentários, verificando-se que a maioria dos professores não está habilitada para gerir uma situação traumática.

Os professores, como primeira entidade a lidar com estas condições traumáticas, devem ser instruídos sobre o tema de modo a contribuírem, juntamente com o Odontopediatra, para a otimização dos tratamentos prestados à criança.