Póster > Investigação > Medicina Dentária Preventiva

Sandra Gavinha

Universidade Fernando Pessoa

Introdução

A pobre higiene oral (HO) nos idosos institucionalizados, com consequente acumulação de placa bacteriana, pode levar ao aumento do risco de desenvolvimento patologia oral e ainda outras situações condicionantes de saúde sistémica.

Objetivos

Avaliação das condições de HO de uma população de idosos institucionalizados e determinação da presença de placa bacteriana.

Materiais e métodos

Estudo observacional, transversal, descritivo, avaliando 372 idosos (≥60anos) residentes em 22 lares do Distrito do Porto (amostragem probabilística de clusters). Análise descritiva e inferencial com SPSS©vs.17.0, considerando α=0,05.Regressão logística multivariável (p=0,05/p=0,10 para inclusão/exclusão de factores).

Resultados

Idade média de 78,8(±9,1) anos, 69,9% do género feminino, 30,4% sem escolaridade e 81,7% independentes relativamente às tarefas de HO. 38,9% não escovava os dentes. Género e grau de independência relacionaram-se com o número de escovagens diárias; a idade não mostrou essa relação. 71,1 % não escovava e afirmou “não ter necessidade de o fazer”.

O índice de placa de Silness e Löe, apresentou valores médios de 2,2(± 0,76) e 4(1,7%) idosos foram registados com ausência de placa. Da análise multivariada conclui-se que presença de placa visível se encontra apenas associada ao número de escovagens realizado.

Conclusões

As condições de saúde oral encontradas são relevantes para uma aposta em programas preventivos, com uma base de informação dirigida às populações.

Implicações clínicas

As evidências levam-nos a afirmar que, nestas populações, existe uma necessidade aumentada do controlo da placa bacteriana prevenindo assim o risco de patologia associada.

Palavras chave

idosos, higiene oral, índice de placa, escovagens diárias, placabacteriana, e saúde oral