Isabel Esteves

Avaliação in vitro da temperatura de polimerização de quatro resinas acrílicas autopolimerizáveis

Nacionalidade: Portugal

Área científica: Materiais dentários

2013/11/21 09:50 – 2013/11/21 10:10 | Auditório VIII

Resumo da apresentação

Introdução

Uma das características das resinas acrílicas autopolimerizáveis é a reação exotérmica durante a polimerização. O calor libertado pode lesar os tecidos circundantes e a polpa dentária nos casos de contacto direto com a dentina viva, comprometendo mesmo o sucesso clínico. Temperaturas que excedam os 47ºC e os 49ºC, podem provocar tanto osteonecrose como dano pulpar, respetivamente.

Objectivo

Com este estudo pretendeu-se comparar a fase de polimerização de 4 resinas, as respetivas para dois volumes distintos.

Metodologia

As resinas utilizadas foram: Protemp™ (3M ESPE); Structur 2 (Voco); TAB2000 (Kerr) e Trim&Trim (Bosworth) sendo avaliadas com os volumes de 157mm3 e 314mm3. A temperatura foi medida através de uma câmara termográfica, Flir Systems A325. Os resultados foram tratados estatisticamente no SPSS PC, tratando-se de um estudo experimental com análise bivariada (ρ<0,05).

Resultados

Verificou-se que na espessura de 2 mm a resina TAB2000 obteve uma temperatura máxima de 73ºC; Trim&Trim de 53ºC; Protemp de 41ºC e Structur de 46ºC. A 4 mm de espessura, a TAB2000 obteve uma temperatura máxima de 112ºC; Trim&Trim de 74ºC; Protemp de 57ºC e Structur de 76ºC.

Conclusão

As resinas presentes apresentaram diferentes temperaturas de polimerização, estas temperaturas variam em função do volume de resina e do tipo de resina, sendo que todas atingiram valores acima do limite biológico. No entanto, há necessidade de realizar mais estudos relacionando a temperatura atingida pelas resinas com a fisiologia pulpar in vivo.

Implicações clínicas

São necessários cuidados adicionais aquando da polimerização destas resinas principalmente em dentes vitais pela técnica direta. Em pontes provisórias, devido ao aumento da espessura, existe consequentemente aumento da temperatura. Mesmo utilizando a resina que obteve a temperatura mais baixa (Protemp™), nestes casos, é necessário controlar a temperatura local e avaliar a mucosa pelas possíveis queimaduras que a polimerização da resina em contato poderá causar.