Considerações estéticas na reabilitação implanto-suportada de espaços edêntulos adjacentes – revisão narrativa

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Hall dos posters – 21 novembro 2013, 11h30 – Ordem nº

Introdução

A reabilitação implanto-suportada de regiões anteriores tem vindo a tornar-se um procedimento cada vez mais previsível, especialmente em reabilitações unitárias. As dificuldades aumentam nas situações onde há ausência de dentes adjacentes. Nestes casos, regenerar alvéolos e tecidos peri-implantares, alcançar uma harmonia entre ‘’branco’’ e ‘’rosa’’ torna-se uma tarefa mais árdua e menos previsível.

Objetivos

Revisão bibliográfica acerca da reabilitação implanto-suportada de espaços edêntulos adjacentes no sector anterior.

Métodos

Pesquisa bibliográfica na Medline® de artigos científicos de revisão e ensaios clínicos através das palavras-chave, “Esthetic zone”,“Anterior zone” “Inter-implant papilla” e dos termos MeSH: “Dental implant”; “Dental Aesthetic” recurso a operadores lógicos e diferentes combinações com AND. Limitada a revistas de medicina dentária de língua inglesa dos últimos seis anos.

Resultados

Para a reabilitação de espaços edêntulos adjacentes, com preservação de papila, é necessário espaço inter-implantar de pelo menos 3 mm, e distância da crista osséa ao ponto de contato máxima de 5 mm. Mesmo com estes requisitos a formação completa de papila não é constante nos estudos clínicos. Foram evidenciadas vantagens na colocação imediata dos implantes. Em casos de compromisso, recorrer à prótese implanto-suportada em cantilever poderá resultar numa solução esteticamente mais simplificada. Estudos indicam presença de papila mais frequente nestes casos.

Conclusões

Quando critérios biológicos condicionam a colocação de implantes adjacentes a reabilitação com recurso a cantilever poderá ser a melhor solução. É importante realizar mais estudos de forma a se estabelecer um protocolo estético previsível no futuro.

Implicações clínicas

Do ponto de vista biomecânico sempre que possível devemos optar pela colocação de implantes adjacentes. Um plano de tratamento criterioso deve ser feito, optando-se pelo cantilever nos casos onde os requisitos biológicos estejam comprometidos. Devemos explicar ao doente as vantagens e limitações de acordo com expectativas realistas.