Ortodontia e farmacologia – interacção: revisão bibliográfica

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Hall dos posters – 21 novembro 2013, 11h30 – Ordem nº

Introdução

O tratamento ortodôntico é baseado no conhecimento de que a aplicação de uma pressão prolongada sobre um dente provoca o seu movimento. A velocidade do mesmo depende da atividade de reabsorção e remodelação óssea no lado da compressão do ligamento periodontal. Todas as alterações na remodelação óssea induzidas por fatores sistémicos, doenças do metabolismo ósseo, idade ou uso de fármacos, influenciam a taxa de movimentação dentária por meio de envolvimento com o osso alveolar.

Material e métodos

Foi pesquisada informação na biblioteca da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, diretamente na internet e, ainda, em revistas sobre Ortodontia. Foram incluídos artigos de investigação, de revisão bibliográfica e monografias, em Inglês, Português e Espanhol. Utilizaram-se as palavras “movimento ortodôntico” e “fármacos” como palavras-chave principais. Também se pesquisou utilizando o nome dos fármacos como palavras-chave. Escolheram-se artigos e livros publicados entre 1990 e o presente ano, tendo sido utilizados, no entanto, alguns artigos de anos anteriores por serem referenciados em outros artigos lidos.

Objetivos

Pretende-se reunir a informação existente na literatura acerca da influência dos diferentes fármacos no movimento ortodôntico, uma vez que estes podem alterar a velocidade do mesmo.

Resultados

Fármacos como os imunossupressores, anticonvulsivantes e corticosteroides podem dificultar as diversas técnicas ortodônticas. Estão descritos fármacos que podem atrasar a velocidade do movimento ortodôntico, como é o caso dos anti-inflamatórios não esteroides, fluoretos, bifosfonatos, estrogénio, calcitonina e a vitamina D. Além destes, existe um grupo de fármacos que podem acelerar o movimento ortodôntico, entre os quais as hormonas tiroideas, a hormona da paratiroide, a relaxina e as prostaglandinas.

Implicações clínicas

Está descrito na literatura que os fármacos têm uma grande influência na velocidade do movimento ortodôntico, assim, é importante ter em consideração os antecedentes farmacológicos dos pacientes de forma a fazer um correto planeamento do tratamento ortodôntico.