Articaína vs lidocaína na anestesia de dentes com pulpopatia irreversível

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Hall dos posters – 21 novembro 2013, 11h30 – Ordem nº

Introdução

O adequado controlo da dor, através da anestesia local, é uma etapa fundamental para o sucesso do tratamento em medicina dentária. Atualmente discute-se a maior eficácia da articaína em relação à lidocaína na obtenção de anestesia de dentes com diagnóstico de pulpopatia irreversível.

Objetivos e métodos

Avaliar a eficácia na obtenção de anestesia pulpar utilizando uma solução de lidocaína 2% ou uma solução de articaína 4%, ambas com epinefrina considerando a administração: infiltrativa e loco-regional.

Formulou-se a pergunta PICOT: Em pacientes com diagnóstico de pulpopatia irreversível qual a eficácia da solução de articaína 4% com epinefrina em relação à solução de lidocaína 2% com epinefrina na obtenção de anestesia pulpar no decorrer do tratamento endodôntico?

A pesquisa eletrónica foi efetuada em bases de dados primárias/secundárias (PUBMED, THE COCHRANE LIBRARY) com as palavras-chave (“Lidocaine” AND “Articaine” AND “Irreversible pulpitis”). Apenas foram considerados artigos em inglês, ensaios clínicos randomizados ou ensaios clínicos controlados em humanos, entre 2000 e 2013.

Resultados

A revisão dos artigos permitiu a obtenção de dados que demonstraram que não existem diferenças estatisticamente significativas entre as soluções de articaína e de lidocaína.

Conclusão

Poderá concluir-se que não existem diferenças estatisticamente significativas entre as duas soluções anestésicas. Mais estudos parecem ser necessários com critérios de inclusão e de avaliação do sucesso anestésico semelhantes.

Implicações clínicas

Assegurada a não toxicidade do anestésico face à condição sistémica de cada paciente, não parece haver vantagens na utilização da solução de articaína face à solução de lidocaína na obtenção de anestesia.