Técnica de tunelização com enxerto de tecido conjuntivo em recessões gengivais

Póster > Casos clínicos > Periodontologia

Hall dos posters – 21 novembro 2013, 09h30 – Ordem nº

Introdução e objetivos

Na década de 90 surgiu uma técnica cirúrgica para tratamento de recessões gengivais classes I e II de Miller que tem demonstrado resultados estéticos previsíveis e satisfatórios: a técnica de tunelização combinada com enxerto de tecido conjuntivo (ETC) (Allen et al., 1994; Zabalegui et al., 1999).

Posteriormente esta técnica foi modificada (Santarelli et al.,2001; Tözüm and Dini, 2005; Otto Zuhr et al., 2007) procurando melhorar o potencial de cicatrização e otimizar os resultados estéticos.

Neste trabalho apresentam-se quatro casos clínicos de recessões gengivais unitárias e múltiplas tratadas com a técnica de tunelização combinada com ETC, segundo Otto Zuhr (2007), com um período de avaliação mínimo de seis meses.

Descrição

A técnica referida utiliza incisões intrasulculares extensíveis aos dentes adjacentes a intervir sem atingir o bordo das papilas, um retalho de espessura total na zona interdentária até à base das papilas e um descolamento em espessura parcial em apical, criando um túnel sob as áreas de recessão gengival.

Este procedimento recorre a instrumental microcirúrgico, reduzindo o trauma e a possibilidade de rutura dos tecidos. Após deslizamento do ETC sob o retalho preparado, é imobilizado juntamente com o retalho através de suturas de duplo cruzamento com ancoragem coronária.

Conclusão

O tratamento de recessões gengivais usando ETC combinado com a técnica de tunelização resulta num recobrimento radicular significativo com aumento da quantidade de gengiva queratinizada.

Esta técnica minimamente invasiva representa uma alternativa com um melhor potencial vascular, permitindo uma cicatrização mais rápida e com menor morbilidade, estando indicada como procedimento de recobrimento radicular em recessões classe I e II, principalmente em áreas estéticas.

Implicações clínicas

Os resultados obtidos na prática clínica apresentam eficácia significativa no recobrimento radicular de classes I e II, com previsibilidade cicatricial no posicionamento coronal da margem gengival e respetivas vantagens estéticas.