Apexificação com MTA, caso clínico

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Hall dos posters – 21 novembro 2013, 09h30 – Ordem nº

Paciente com 17 anos de idade, do género masculino, dirigiu-se à clínica da FMDUP devido a uma sensação dolorosa durante a mastigação no dente 2.2. O Paciente referiu história de traumatismo aos 12 anos e o dente manteve-se assintomático durante cerca de três anos.

Durante o exame clínico confirmou-se a presença de uma fístula em palatino do dente 22.O paciente referiu dor no teste de percussão vertical e resposta negativa aos testes de sensibilidade (frio e elétrico). No Rx periapical verificou-se que o dente 2.2 apresentava uma formação incompleta do ápice radicular e a presença de uma periodontite apical. O diagnóstico clínico foi abcesso apical crónico.

Tratando-se de um dente necrosado com formação incompleta da raiz, o tratamento indicado é apexificação. A técnica de barreira apical com MTA apresenta vantagens significativas em relação à técnica de indução de tecido duro com preenchimento do canal com hidróxido de cálcio por um longo período de tempo.

Reduz o risco de fratura radicular a longo prazo, faz um excelente selamento com as paredes do canal radicular e é um biomaterial com capacidade de indução da regeneração periodontal. Razões que levaram à preferência da primeira técnica em detrimento da segunda. O tratamento foi iniciado com uma pré-medicação com hidróxido de cálcio durante 1 semana.

Na segunda consulta colocou-se o cimento de MTA seguindo a técnica de barreira apical. Numa terceira consulta obturou-se o restante canal com gutapercha e cimento “top seal” e restaurou-se a cavidade de acesso com resina composta. A técnica de barreira apical com MTA permitiu uma redução do número de consultas, favorecendo a adesão do paciente ao tratamento, redução do custo do tratamento e do risco de infiltração bacteriana.