Cirurgia de recobrimento radicular com enxerto de tecido conjuntivo – caso clínico

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Galerias do Pavilhão 2 (Expo-Dentária) – 12 Novembro , 16h00-17h00 – Ordem nº

Descrição do caso clínico

Uma paciente de 39 anos, do sexo feminino, compareceu na clínica para fazer uma avaliação da sua saúde oral e observação de uma exposição radicular presente no dente 4.1. Na história clínica constatou-se a realização prévia de tratamento ortodôntico com aparatologia fixa.

Após avaliação clínica e radiográfica, constatou-se a presença de uma recessão gengival Classe II de Miller, e decidiu-se proceder ao recobrimento radicular deste dente, recorrendo à técnica de enxerto de tecido conjuntivo.

O procedimento cirúrgico foi iniciado pela preparação do leito receptor, através de um retalho de espessura parcial com duas incisões verticais localizadas a distal dos dentes 4.2 e 3.1, sendo estas unidas por incisões horizontais na base das papilas, não sendo as papilas incluídas no retalho.

As margens gengivais da recessão foram desepitelizadas e suturadas em seguida, seguindo a técnica de “dupla papila”. Um enxerto de tecido conjuntivo foi obtido da zona do palato, no 2º Quadrante, através de uma incisão única, paralela à margem gengival.

Uma vez fixado o enxerto ao leito receptor, procedeu-se à sutura do retalho, cobrindo completamente o tecido conjuntivo. Uma vez completado o processo de cicatrização conseguimos obter um completo recobrimento radicular verificando-se, 6 meses após a cirurgia.

Discussão

As recessões gengivais localizadas são uma das complicações associadas ao tratamento ortodôntico, nomeadamente ao nível do 5º sextante, principalmente em casos de periodonto fino.

Existem várias técnicas cirúrgicas para correcção das exposições radiculares, sendo que os enxertos de tecido conjuntivo apresentam os melhores resultados.

Conclusão

A técnica de recobrimento radicular com enxerto de tecido conjuntivo e retalho de “dupla papila” é uma das técnicas mais usadas pois permite uma boa cicatrização do enxerto uma vez que este recebe vascularização através do periósteo e da face interna do retalho, proporcionando uma elevada taxa de sucesso e baixa morbilidade.