Regeneração óssea na região anterior maxilar

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Galerias do Pavilhão 2 (Expo-Dentária) – 12 Novembro , 11h30-13h00 – Ordem nº

Descrição do caso clínico

E.G., sexo feminino, 51 anos, perdeu os incisivos superiores há 30 anos e usava uma prótese acrílica removível. Apresentava uma reabsorção horizontal muito marcada nessa zona – Classe I de Seibert – sendo imperativa a regeneração óssea para a colocação dos implantes e para o suporte do lábio superior.

Discussão

Os enxertos ósseos são uma opção terapêutica para corrigir deficientes relações inter-maxilares, obter um volume alveolar e uma morfologia apropriadas para a reabilitação de espaços desdentados, com o objectivo de colocar os implantes na posição e angulação correctas.

A exigência de osso autógeno não é consensual em casos classe I de Seibert (perda da dimensão vestíbulo-lingual do rebordo alveolar, com manutenção da altura). Nas classes II (perda da dimensão corono-apical, com manutenção da largura) e III (perda em ambas as dimensões) preferimos só osso autógeno ou uma mistura de osso autógeno com osso de origem bovina.

A colocação dos implantes pode ser simultânea à regeneração desde que o osso residual seja suficiente para atingir estabilidade primária; quando tal não acontece, devemos colocar o enxerto e aguardar 4 a 6 meses para a colocação dos implantes. (McCarthy C, 2003) A taxa de sobrevivência de implantes em locais regenerados varia entre 76,8 e 100%, segundo uma meta-análise de Chiapasco (Chiapasco M, 2006); logo baixa previsibilidade e pouco consenso.

Conclusão

Neste caso optamos por expansão prévia das corticais com osteótomos para alargamento do leito implantar e optimização da estabilidade primária, e regeneração simultânea com osso autógeno e osso particulado de origem bovina. Após 6 meses, reabilitamos através de uma prótese fixa metalo-cerâmica aparafusada.

A nossa experiência clínica, juntamente com a abordagem crítica dos resultados até hoje publicados sobre este tema, permitem-nos concluir que blocos de osso autógeno são uma estratégia segura para atingir sucesso clínico.