Lasers em cirurgia endodôntica

Póster > Revisão > Endodontia

Galerias do Pavilhão 2 (Expo-Dentária) – 11 Novembro , 14h30-16h00 – Ordem nº

Universidade Fernando Pessoa

Introdução

Na cirurgia endodôntica, diversos estudos evidenciam que existem técnicas a laser: o Nd: YAG, Er:YAG, diodos e lasers de CO2, que proporcionam maior visibilidade, mais precisão na ressecção apical, hemostasia, menos desconforto e menos dor, menor contaminação e trauma para os tecidos adjacentes, comparativamente a técnicas tradicionais.

Objectivos

Pretende-se abordar a aplicação dos lasers em cirurgia endodôntica, expondo os efeitos histológicos e dentários, assim como os benefícios e inconvenientes da sua utilização clínica.

Métodos

Procedeu-se à revisão bibliográfica, recorrendo à base de dados “Pubmed” com as palavras-chave: “laser and retrograde obturation”, “endodontics surgery”, “laser apicectomy” e “root resection”. Foram selecionados 20 artigos do tipo meta-análises, revisões bibliográficas, “guidelines” e estudos clínicos controlados randomizados, publicados até 2011.

Resultados

O laser Nd:YAG atrasa a reparação apical e exposição do material obturador, se aplicado em contacto com a dentina e/ou cimento. O laser Er:YAG parece provocar superfícies irregulares, com exposição dos túbulos dentinários, tendo capacidade de eliminar tecidos dentários duros e cáries, sem danificar o periodonto. O laser de CO2 afecta a adaptação do material obturador às paredes do canal radicular, em função do aumento da temperatura.

Conclusões

O uso dos diferentes lasers permite obter superfícies mais suaves e homogéneas, áreas de remineralização e diminuição da permeabilidade dentinária. A sua acção deve evitar a superfície dentária externa, como defesa do periodonto. Em cirurgias endodônticas, o Nd:YAG e o Er:YAG estão indicados para apicectomia. O laser CO2 está indicado para tratamento de superfície apical.

Implicações clínicas

O efeito bactericida do laser não tem utilidade prática se o aumento de temperatura, na superfície radicular, for suficiente para afectar clinicamente o periodonto, facilitando o aparecimento de fracturas. A potência e tempo de aplicação de cada tipo de laser deverá ser cuidadosamente respeitada, a fim de evitar indesejáveis efeitos clínicos, nomeadamente a carbonização por sobreaquecimento.