Sindrome do dente fissurado- etiología, diagnóstico e tratamento

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Galerias do Pavilhão 2 (Expo-Dentária) – 11 Novembro , 14h30-16h00 – Ordem nº

Universidade Fernando Pessoa

Introdução

As fracturas dentárias podem envolver a coroa, a raíz ou ambas; horizontais, verticais ou oblíquas, completas ou incompletas. Há mais de 30 anos foi descrita a presença de uma fissura ou fractura dentária incompleta associada a dor aguda e difusa. Este quadro clinico, leva frequentemente ao diagnóstico e tratamento erróneo por parte do dentista.

Hábitos parafuncionais, como o bruxismo decorrente do stress e pircings linguais, são actualmente factores etiológicos que podem conduzir à ocorrência deste Síndrome. É portanto importante uma sensibilização dos médicos dentistas para a ocorrência deste Síndrome com o fim da realização de um correcto diagnóstico e abordagem clínica desta patologia.

Objectivos

Ressalvar a importância deste Síndrome e do crescente aumento da sua ocorrência, assim como permitir ao clinico geral conhecer a sua etiologia, diagnóstico e abordagem terapêutica.

Materiais e métodos

Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, com as palavras chave: root fracture, cracked tooth syndrome, diagnosis, etiology, treatment; e compreendido no período de 1985 a 2011. Resultados: foram encontrados um total de 136 artigos, sendo que 24 que cumpriam os critérios de inclusão.

Conclusões

O Síndrome do dente fissurado manifesta-se por um conjunto de sinais e sintomas, habitualmente em dentes vitais posteriores, caracterizado por uma fractura dentária incompleta vertical da dentina. Os sintomas mais comuns são: dor à libertação da pressão mastigatória, sensibilidade a alterações térmicas e dificuldade em localizar o dente que a origina.

A crescente incidência deste síndrome associada ao facto de ser uma das causas mais comuns de extração dentária, torna o conhecimento desta patologia e do seu correto tratamento, cada vez mais imperioso.

Implicações clínicas

Os clínicos devem ser sensibilizados para a existência deste Síndrome, considerando-o como hipótese de diagnóstico em pacientes que apresentem um quadro clinico incomum. O tratamento depende da localização e extenção, sendo por isso fulcral o seu correcto diagnóstico.