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Universidade do Porto
Introdução e objectivos
Para muitos futuros médicos dentistas o ensino das técnicas restauradoras com compósitos nas faculdades de Medicina Dentária Portuguesas é fundamental. Mas, terão as faculdades de Medicina Dentária sentido a necessidade de adaptar o curriculum à evolução dos tempos?
Os estudos mais recentes, concluem que o tempo dispensado no ensino de restaurações posteriores com resinas compostas aumentou significativamente, embora continuem a existir diferenças na forma de as realizar. Pretende-se averiguar junto das faculdades portuguesas, as práticas académicas no que respeita à utilização de amálgama de prata e compósitos em restaurações de dentes posteriores.
Materiais e métodos
As instituições de Ensino Superior em Medicina Dentária existentes em Portugal foram convidadas a participar num inquérito efectuado através de correio electrónico, durante o mês de Março de 2007. Foi usado o mesmo questionário elaborado pelo Dr. Christopher Lynch e pelo Prof. Nair Wilson em outros estudos similares.
Resultados
Todas as faculdades reenviaram os questionários preenchidos e assumem que ensinam no pré-grado restaurações a compósito em cavidades oclusais e ocluso-proximais, em dentes posteriores, assim como 100% das instituições ensinam os alunos a realizar restaurações com amálgama, antes de os ensinar a fazer restaurações posteriores com compósito.
Todas as instituições ensinam, na prática clínica, a utilização de compósitos híbridos/microhíbridos em restaurações de cavidades em dentes posteriores. Para além disso, 57,1% ensinam também a utilização de resinas nanopartículadas. ´
Das 24 características apresentadas como constituindo uma contra-indicação para a colocação de restaurações em compósito “história de alergia a compósitos”, “má higiene oral”, e paciente pouco cooperante, foram as mais referenciadas pelas sete instituições.
O isolamento absoluto foi escolhido como meio de controlo da humidade, sempre que seja necessário restaurar um dente posterior com compósito, em 28,6% das faculdades.
Conclusões
As faculdades portuguesas parecem apresentar uma correcta adaptação às novas exigências clínicas e avanços tecnológicos.