Potencial regenerativo de uma hidroxiapatite nanocristalina – estudo na calote do coelho

Comunicação oral > Investigação > Materiais Dentários

Auditório III – 10 Novembro , 11h50 – Ordem nº

Universidade de Coimbra

Introdução

Várias terapias regenerativas foram desenvolvidas com vista à regeneração dos defeitos ósseos do complexo maxilofacial. Apesar dos autoenxertos ainda serem considerados o golstandard na regeneração óssea, apresentam várias limitações. Fosfatos de cácio, como a hidroxiapatite, são alternativas válidas devido à sua semelhança química/estrutural com o componente inorgânico do osso (Stahl & Froum, 1991).

Objectivo

Avaliar o potencial regenerative de uma nova hidroxiapatite sintética nanocristalina (nHA) no modelo de cicatrização retardada da calote do coelho.

Material e Métodos

Vinte coelhos machos New Zealand White foram igualmente distribuidos em 2 grupos ( 2 e 4 semanas) correspondentes a dois períodos experimentais. Dois defeitos cranianos transcorticais, com 8mm cada, foram criados por coelho e, aleatoriamente, receberam material teste (nHA), xenoenxerto (Bio-Oss•), autoenxerto ou deixados vazios.

As amostras foram preparadas por uma técnica não-descalcificada e o resultado histológico quantitativo avaliado. O tratamento estatistico recorreu a ANOVA one-way e ao teste post-hoc de Bonferroni.

Resultados

Para os períodos de 2 e 4 semanas, a análise histomorfométrica demonstrou melhores resultados, em termos de Novo Osso, para o autoenxerto (3,18±1443% and 5,11±0,95% respectivamente), seguido da nHA (1,97±0,616% and 3,05±0,998% respectivamente) e xenoenxerto (1,76±0,631% and 2,93±0,775% respectivamente).

No que concerne à área total de tecido mineralizado ( novo osso + particulas), o autoenxerto teve os melhores resultados (35,14±12,174 e 48,69±10,181 respectivamente), seguido por nHA (31,29±9,171 e 40,53±8,846 respectivamente) e xenoenxerto (29,32±6,553 e 34,34±4,810 respectivamente).

Às 2 semanas resultados não demonstraram diferenças estatisticamente significativas entre todos os grupos (P≤0,05). Às 4 semanas foram encontradas diferenças estatisticamente significativas: o autoenxerto originou maior quantidade de Novo Osso e Tecido Mineralizado, sem diferenças estatisticamente significativas entre xenoenxerto e nHA:

Conclusão

Neste modelo animal a nHA obteve semelhante potencial regenerativo quando comparado ao xenoenxerto. Autoenxerto tem o maior potencial regenerativo. São necessários mais estudos.