Sandra Araújo, coordenadora da Estratégia de Combate à Pobreza 2021-2030, apresentou em entrevista à TSF as linhas gerais do plano de ação que visa reduzir as desigualdades em Portugal. A responsável apelou a “um compromisso político forte” nesta missão de erradicação da pobreza, que é um desafio de toda a população.
Esta estratégia, que deverá ser apresentada até ao final do mês de abril, propõe um pacote de ações alargado, composto por 14 objetivos e 137 medidas que envolvem diferentes setores e respetivas áreas governativas.
Dos investimentos previstos para a área da saúde, “uma das preocupações para as famílias com agregados familiares mais vulneráveis é facilitar, por exemplo, o acesso a consultas de rotina, sobretudo na área da saúde oral e da saúde mental”.
A OMD encara com expectativa a apresentação do plano de ação da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza e mostra-se satisfeita com a visão preventiva destes cuidados.
Na altura, Miguel Pavão realçou o papel desta área médica na luta contra a exclusão e a pobreza, sendo por isso uma valência da saúde a constar na Estratégia Nacional de Combate à Pobreza. Mostrou, portanto, a disponibilidade da OMD em contribuir para a definição de ações que promovam a prevenção e os benefícios de uma boa saúde oral.
De recordar que a Estratégia Nacional de Combate à Pobreza foi publicada em Diário da República a 29 de dezembro de 2021 e, segundo nota do Governo, contempla, “entre os seus objetivos, a redução da taxa de pobreza monetária para 10% da população, retirando 660 mil pessoas da situação de pobreza e a redução para metade da taxa de pobreza nas crianças, retirando 170 mil crianças dessa condição, bem como reduzir para metade a taxa de pobreza entre trabalhadores, retirando também 230 mil trabalhadores desta condição”.