27 de janeiro 2020

Porto

21:00 às 23:00

Hotel Crowne Plaza Porto

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A introdução da liga de níquel-titânio na produção de instrumentos de preparação mecanizada, na década de 90, permitiu um salto qualitativo impressionante em relação aos instrumentos clássicos. Desde então têm-se desenvolvido inúmeros sistemas para utilização em rotação contínua, com diferentes conceitos e técnicas subjacentes, evoluindo no sentido da diminuição do número de instrumentos e na melhoria da segurança e eficácia das técnicas. Mais recentemente, os clínicos têm também sido confrontados com a possibilidade de uma lima única de NiTi para preparação canalar e com sistemas que utilizam movimentos de rotação recíproca.

Contudo, mesmo apesar deste salto qualitativo dado pelo NiTi e a instrumentação mecanizada, todo o dente que necessita de tratamento endodôntico apresenta os seus desafios e riscos que tornam o clínico apreensivo em relação à sua prática clínica.

Durante a instrumentação do sistema de canais radiculares (com curvaturas subestimadas e irregularidades da parede) podem ocorrer problemas como: fratura de instrumentos, perfurações do canal, perfurações apicais e bloqueio apical. Muitos desses erros ocorrem por um incompleto desbridamento inicial do sistema de canais radiculares e contribuem para uma diminuição da capacidade de realizar a antissepsia canalar, comprometendo o sucesso da terapia endodôntica.

O pré-alargamento e exploração são as primeiras fases da instrumentação canalar e deve-se ter em atenção que durante estas fases o clínico encontra com frequência muitos problemas, como localizar a entrada dos canais, localização da cavidade de acesso, a preparação canalar sem erros de procedimento e o estabelecimento e a manutenção do comprimento de trabalho.

Perante a enorme diversidade de caraterísticas e especificidades dos sistemas mecanizados existentes no mercado, torna-se por vezes difícil realizar uma escolha. Neste sentido, esta apresentação procurará dar algumas orientações para uma seleção mais informada e esclarecida em relação ao sistema que mais se pode adequar à prática clínica de cada colega em particular.

Curso ministrado por

Paulo Jorge Rocha da Palma

  • Licenciado em Medicina Dentária pela FMUC
  • Professor Auxiliar Convidado e Regente de Endodontia III (5º ano) do MIMD da FMUC
  • Pós-graduado em Dentisteria Operatória/ Endodontia e mestrado em Patologia Experimental pela FMUC
  • Doutorado em Ciências da Saúde da FMUC (2013). Scientific Advisory Board of Journal of Endodontic
  • Personalidade do Ano em Endodontia (2014), Prémios de Saúde Oral
  • Autor de artigos em revistas indexadas e possui 17 trabalhos premiados em eventos científicos
  • Reviewer do Journal of Endodontic, International Endodontic Journal, Journal of Biomedical Materials
  • Membro certificado da European Society of Endodontology e membro internacional dos AAE, IADT, IADR