Ricardo Dias

Bruxismo: patofisiologia

  • Médico dentista
  • Licenciado em Medicina Dentária, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), 2006
  • Pós-graduado em Reabilitação Oral Protética, pela FMUC, 2009
  • Doutorado em Ciências da Saúde, Medicina Dentária, especialidade de Prótese Dentária e Oclusão (Oclusão), FMUC, 2015
  • Assistente convidado da disciplina de Prostodontia Fixa, do Mestrado Integrado em Medicina Dentária e da Pós-graduação em Reabilitação Oral Protética da FMUC, desde 2009
  • Cofundador e secretário adjunto da Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, desde 2015
  • Membro ITI e AACD
  • Autor de vários trabalhos científicos

Nacionalidade: Portugal

Área científica: Bruxismo

2016/11/12 10:00 – 2016/11/12 11:30 | Auditório C

Resumo da apresentação

O bruxismo, apesar de uma patologia que remonta aos primórdios da humanidade, continua a caracterizar-se pelo desconhecimento, controvérsia, inconsistência e ausência de consensos na sua descrição, interpretação e abordagem. Este facto pode advir, essencialmente, da ausência de linhas de investigação consistentes e consensuais acerca dos mecanismos patológicos e fisiológicos envolvidos na patologia, e carência interpretativa das repercussões biológicas e fisiológicas.

Ao longo dos anos foram criadas diferentes linhas de investigação, incluindo os fatores patofisiológicos e uma das respostas mais representativa consistiu no assumir da mediação central e não periférica da patologia.

Classicamente, o bruxismo era associado a um comportamento dentário involuntário que acontecia durante o sono. Na atualidade é tida como complexa e que pode resultar de uma interação entre diferentes sistemas do corpo humano (ex. sistema de regulação do sono, sistema dopaminérgico, perturbações nos neurotransmissores centrais e periféricos).

Esta inconsistência, incerteza e variabilidade na caracterização da identidade da patologia influencia a definição, a etiologia, o diagnóstico, o prognóstico e a abordagem terapêutica necessária. Para uma correta identificação, sinalização e/ou reconhecimento clínico da patologia, é fundamental conhecer os diferentes mecanismos que podem estar envolvidos. Esta realidade envolve uma interpretação multifatorial da patologia e, decorrente, a necessidade de uma abordagem terapêutica multidisciplinar e integrada.

Durante a apresentação, o autor realizará o esclarecimento e contextualização da patofisiologia do bruxismo, à luz dos conhecimentos científicos atuais.