Bruxismo: patofisiologia
- Médico dentista
- Licenciado em Medicina Dentária, pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), 2006
- Pós-graduado em Reabilitação Oral Protética, pela FMUC, 2009
- Doutorado em Ciências da Saúde, Medicina Dentária, especialidade de Prótese Dentária e Oclusão (Oclusão), FMUC, 2015
- Assistente convidado da disciplina de Prostodontia Fixa, do Mestrado Integrado em Medicina Dentária e da Pós-graduação em Reabilitação Oral Protética da FMUC, desde 2009
- Cofundador e secretário adjunto da Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, desde 2015
- Membro ITI e AACD
- Autor de vários trabalhos científicos
Nacionalidade: Portugal
Área científica: Bruxismo
2016/11/12 10:00 – 2016/11/12 11:30 | Auditório C
Resumo da apresentação
O bruxismo, apesar de uma patologia que remonta aos primórdios da humanidade, continua a caracterizar-se pelo desconhecimento, controvérsia, inconsistência e ausência de consensos na sua descrição, interpretação e abordagem. Este facto pode advir, essencialmente, da ausência de linhas de investigação consistentes e consensuais acerca dos mecanismos patológicos e fisiológicos envolvidos na patologia, e carência interpretativa das repercussões biológicas e fisiológicas.
Ao longo dos anos foram criadas diferentes linhas de investigação, incluindo os fatores patofisiológicos e uma das respostas mais representativa consistiu no assumir da mediação central e não periférica da patologia.
Classicamente, o bruxismo era associado a um comportamento dentário involuntário que acontecia durante o sono. Na atualidade é tida como complexa e que pode resultar de uma interação entre diferentes sistemas do corpo humano (ex. sistema de regulação do sono, sistema dopaminérgico, perturbações nos neurotransmissores centrais e periféricos).
Esta inconsistência, incerteza e variabilidade na caracterização da identidade da patologia influencia a definição, a etiologia, o diagnóstico, o prognóstico e a abordagem terapêutica necessária. Para uma correta identificação, sinalização e/ou reconhecimento clínico da patologia, é fundamental conhecer os diferentes mecanismos que podem estar envolvidos. Esta realidade envolve uma interpretação multifatorial da patologia e, decorrente, a necessidade de uma abordagem terapêutica multidisciplinar e integrada.
Durante a apresentação, o autor realizará o esclarecimento e contextualização da patofisiologia do bruxismo, à luz dos conhecimentos científicos atuais.